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Como Evitar Sobrecarga de Trabalho na Sua Empresa


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Você já teve a sensação de que o time está sempre correndo, mas nunca chega? Que por mais horas que se trabalhe, os prazos continuam curtos, as metas inalcançáveis e o cansaço... só aumenta? 


Se a resposta for “sim”, é bem possível que a sua empresa esteja enfrentando a famigerada sobrecarga de trabalho. E, acredite: isso vai muito além de um simples “estamos ocupados demais”.


Afinal, o que é de fato sobrecarga de trabalho?


Vamos direto ao ponto. Sobrecarga de trabalho não é só quando o funcionário está cheio de tarefas.


É quando ele está cheio demais de tudo: demandas, pressões, prazos insanos, decisões, reuniões que poderiam ser e-mails, notificações a cada 10 minutos e aquela sensação de que “nunca é suficiente”.


E isso não afeta apenas o corpo. A mente também sofre — e sofre muito. 


Falamos de exaustão mental, falta de clareza, dificuldade para dormir, irritabilidade e até sintomas físicos como dores no corpo, gastrite, crises de ansiedade e outros sinais que o corpo grita quando não aguenta mais.

colaboradores. E, consequentemente, impacta nos resultados da empresa.


Além disso, altos índices de afastamento por doenças emocionais, rotatividade de funcionários e queda na performance custam caro. Muito caro. Não só em termos financeiros, mas também humanos.


Sintomas da Sobrecarga no Trabalho



saúde mental no trabalho


Funcionários sobrecarregados não são apenas menos produtivos. Eles apresentam um conjunto de sinais que, se ignorados, podem levar a quadros graves de esgotamento.


Os sintomas mais comuns são:

  • Erros frequentes e falhas operacionais simples;

  • Afastamentos recorrentes por motivos de saúde;

  • Desconexão emocional com o trabalho (presenteísmo);

  • Desmotivação e queda brusca na produtividade;

  • Altos níveis de irritabilidade, ansiedade e confusão mental;

  • Saídas voluntárias mais rápidas — ou desligamentos silenciosos.


Além disso, afetam diretamente o clima organizacional, gerando insatisfação coletiva, conflitos interpessoais e insegurança entre as equipes.


Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o esgotamento profissional — também conhecido como burnout — já é classificado como uma síndrome ocupacional.


Ele surge como resultado de um estresse crônico no ambiente de trabalho que não foi gerenciado com sucesso.


O burnout afeta não apenas o desempenho e a motivação, mas compromete seriamente a qualidade de vida dos colaboradores. 


Além disso, empresas que não cuidam da saúde emocional do time enfrentam:


  • Altos índices de absenteísmo;

  • Rotatividade acelerada de talentos;

  • Queda no engajamento e na inovação;

  • Aumento dos custos com afastamentos, processos e reposições.


Ou seja, os prejuízos não são apenas financeiros. São também humanos, emocionais e reputacionais. Por isso, agir cedo é sempre o caminho mais inteligente — e mais empático.


Como prevenir a sobrecarga de trabalho na sua empresa


  1. Redesenhe processos e tarefas 

Sim, aqui você precisa de lupa na mão e olhar estratégico. Comece mapeando tudo o que é feito por cada pessoa. Isso mesmo: faça um raio-x da rotina da equipe. 


Pergunte:

  • O que é realmente essencial?

  • O que pode ser automatizado ou delegado?

  • O que está duplicado?

  • Existe alguém com 10 funções enquanto outro tem 2?


Muitas vezes, a sobrecarga está em tarefas invisíveis, como responder e-mails, cuidar da integração de novos colegas, apagar incêndios. 


Tudo isso consome tempo, energia e nem sempre é reconhecido. Por isso, reveja as descrições de cargos e distribua as atividades com mais justiça e consciência.


  1. Crie pausas inteligentes: respire, que o mundo não vai acabar

A pausa é o novo superpoder da produtividade. E não, não é só parar para tomar um café correndo. 


Estamos falando de pausas conscientes, em que a pessoa realmente desconecta da tarefa, se alonga, dá uma volta, respira fundo, toma água e volta com mais foco.


Sugestões práticas:

  • Incentive a técnica Pomodoro (25 min foco, 5 min pausa);

  • Libere horários livres no calendário da equipe — bloqueie, se possível;

  • Evite agendar reuniões em sequência ou na primeira hora da manhã.


Pausas recarregam. E pessoas recarregadas produzem melhor, se relacionam melhor e ficam doentes com menos frequência.


  1. Estabeleça metas humanas (e não só números agressivos no Excel)

Claro que metas importam. Mas será que você está criando objetivos atingíveis, ou apenas pressionando a equipe a “dar um jeito”?


Metas precisam de base, contexto e acompanhamento real. 


Uma boa meta:

  • Tem prazos coerentes;

  • Considera a capacidade de entrega do time;

  • É construída com a equipe (e não só imposta);

  • É revisada periodicamente conforme o cenário muda.


  1. Cultura de diálogo: abrir espaço não basta, é preciso incentivar fala genuína

“Minha porta está sempre aberta” — essa frase, embora bem intencionada, já está um pouco ultrapassada. Não basta estar disponível, é preciso criar rituais de escuta ativa, onde o time saiba que pode (e deve!) falar.


Como fazer isso na prática?

  • Agende check-ins semanais com foco no bem-estar;

  • Crie uma pesquisa interna de sobrecarga com respostas anônimas;

  • Tenha um canal (digital ou físico) para sugestões ou desabafos;

  • Capacite os líderes para receber críticas com maturidade.


Acredite: quando o time se sente ouvido, ele se engaja. E quando se engaja, trabalha com mais equilíbrio.


  1. Invista pesado (e constante) em saúde mental corporativa

Não é só uma campanha por ano no Setembro Amarelo. É cuidar das pessoas o ano inteiro, com ações consistentes. Algumas ideias:


  • Convênio com psicólogos e terapeutas;

  • Sessões de escuta emocional com profissionais;

  • Rodas de conversa internas sobre estresse, burnout, equilíbrio;

  • Palestras curtas sobre autocuidado e gestão emocional.


Cuidar da saúde mental é cuidar da empresa como um todo.


  1. Respeite o tempo de descanso, pois é sagrado.

Você já ouviu a frase “a urgência de hoje foi causada pela desorganização de ontem”? Pois é. 


A falta de planejamento e o excesso de notificações após o expediente são assassinos silenciosos do bem-estar.


Crie políticas como:


  • Não enviar mensagens fora do horário, exceto em casos muito pontuais;

  • Estimular o uso do “modo foco” ou “não perturbe” em aplicativos;

  • Fazer reuniões curtas e com pauta clara — ninguém aguenta mais calls infinitas.

  • Dica bônus: valorize quem consegue cumprir bem o horário e respeitar seus limites. Exaltar quem faz hora extra todos os dias não deve ser motivo de orgulho.


  1. Treine líderes para enxergar, agir e prevenir sobrecarga

Liderança despreparada é uma das principais fontes de estresse no ambiente de trabalho. 


Muitos líderes não têm ferramentas para perceber que o time está no limite. E acabam cobrando mais, pressionando mais, sem perceber os danos.


  • Treinamentos devem incluir:

  • Inteligência emocional;

  • Gestão de conflitos;

  • Comunicação não-violenta;

  • Feedback empático e efetivo.


Assim sendo, um bom líder não é o que sabe tudo. É aquele que percebe, escuta, ajusta e protege o time.


Conclusão: Empresas saudáveis são feitas por pessoas emocionalmente saudáveis, não exaustas


Reflexão Final: Como sua empresa cuida de quem cuida dela?


Evitar a sobrecarga de trabalho não é só uma pauta do RH. É uma estratégia de crescimento sustentável. É sobre colocar as pessoas no centro — e colher os frutos de equipes mais saudáveis, engajadas e produtivas.


Por esse motivo, que tal começar agora? A Pontual Psiquiatria oferece consultoria para empresas e prevenção, diagnóstico e tratamento dos transtornos que afetam a saúde mental. 


Entre em contato  com nossa equipe.



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