A fobia é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo irracional de alguma situação, atividade, lugar, objeto ou animal, mesmo que não representem nenhum perigo aparente.
Veja como ela se manifesta:
Sensação Terror: Embora as fobias possam parecer exageradas para quem não as experimenta, para quem sofre com elas, a sensação de terror é muito real.
Incompreensão Social: Muitos passam pela incompreensão e julgamento desse problema por parte de outras pessoas.
Exemplo Prático: Para uma criança com medo de cachorros, até um cão que é amigável pode parecer uma grande ameaça. Amigos e familiares podem ficar irritados ou questionarem o comportamento, o que só aumenta a sensação de medo e isolamento.
Este tema é tão importante que resolvemos trazer este guia completo para você tirar suas principais dúvidas. Acompanhe!
Origem:
Segundo a OMS, aproximadamente 9,3% dos brasileiros sofrem com algum tipo de ansiedade patológica, as fobias estão dentro dessa taxa.
De acordo com o site da Harvard, as fobias que aparecem quando somos crianças entre 5 e 9 anos, costumam passar rápido. No entanto, quando começam na idade adulta, próximo aos 20 anos, são mais prolongadas.
Adultos com fobias também têm mais chances de desenvolver outros problemas como ansiedade, depressão e problemas com bebida ou droga.
Conheça os tipos de fobias mais comuns
Agorafobia: é o medo de estar em lugares ou situações de onde seria difícil sair durante um ataque de pânico, como mercados lotados ou grandes eventos.
Claustrofobia: é o medo de estar em espaços muito fechados ou pequenos, como elevadores ou quartos sem janelas.
Aracnofobia: é o medo de aranhas, onde até mesmo uma pequena pode causar grande ansiedade.
Aerofobia: é o medo de voar em aviões, que pode fazer com que uma pessoa evite viagens aéreas.
Zoofobia: é o medo de animais, variando de medos específicos, como de cachorros ou serpentes, até um medo mais geral de todos os tipos de animais.
Acrofobia: é o medo de alturas, como estar em um prédio alto ou numa montanha, que pode causar vertigem e ansiedade.
Glossofobia: é o medo de falar em público, onde a ideia de apresentar ou discursar pode causar grande nervosismo.
Hematofobia: é o medo de sangue, que pode ser tão intenso a ponto de causar desmaios ao ver sangue, seja em realidade ou em imagens.
Tripofobia: é o medo de padrões com buracos ou formas muito próximas, como favos de mel ou bolhas em espuma.
Fobia social: é o medo de situações sociais que envolvem interação ou a possibilidade de ser julgado, levando a pessoa a evitar eventos sociais.
Coulrofobia: é o medo de palhaços, onde a visão ou a ideia de palhaços pode provocar ansiedade ou pânico.
Talassofobia: é o medo de grandes corpos de água, como oceanos ou lagos grandes, onde a profundidade e o desconhecido podem gerar medo.
Nictofobia: é o medo do escuro, relacionado ao receio do que não pode ser visto ou do que pode acontecer sem a visibilidade da luz.
Um estudo realizado em duas escolas de Porto Alegre constatou que 23,12% dos estudantes apresentaram sintomas compatíveis com o diagnóstico de fobia social.
Sintomas
Estima-se que a condição de fobia atinja cerca de 20% da população mundial. Os sintomas da fobia podem ser físicos e emocionais.
Fisicamente, costumam incluir:
suor excessivo
tremores
batimentos cardíacos acelerados
dificuldade para respirar.
Emocionalmente, quem sofre com fobia pode sentir ameaçado diante da situação, com urgência para escapar, além de perturbação e pânico.
Causas
É possível nascer com predisposição genética para fobias, mas o desenvolvimento real do transtorno geralmente ocorre ao longo da vida devido a fatores biológicos, hereditários, sociais ou psicológicos.
Além disso, fatores como estresse, depressão, traumatismos cerebrais e diminuição de ácido gama-aminobutírico, que é o neurotransmissor responsável por regular a ansiedade e a calma no cérebro, também são causas comuns.
Como superar suas fobias
Superar uma fobia não é nada fácil, mas é possível com ajuda e tratamento adequado. É importante ser gentil com você mesmo e em enfrentar o medo de forma controlada e gradual.
A terapia de exposição, por exemplo, é muito usada para tratar fobias.
Nesse tipo de terapia, você se expõe lentamente ao objeto de seu medo sob a orientação de um profissional, até que o medo comece a diminuir.
A seguir, outras abordagens terapêuticas usadas para tratar fobias:
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ela ajuda você a entender os pensamentos e comportamentos que alimentam sua fobia. A TCC ensina técnicas para transformar pensamentos negativos em positivos e enfrentar a situação temida de forma mais calma e racional.
Terapia de Realidade Virtual: Em alguns casos, a realidade virtual é usada como uma forma de terapia de exposição. Ela permite que você enfrente suas fobias em um ambiente controlado e totalmente seguro, onde você sabe que pode sair a qualquer momento.
Técnicas de Relaxamento e Mindfulness: Métodos como respiração profunda, meditação e relaxamento muscular progressivo podem ajudar a controlar a ansiedade associada às fobias. Aprender a relaxar o corpo e a mente é muito importante para reduzir o impacto dos sintomas.
Medicação: Embora não cure a fobia, a medicação pode ser usada em casos mais graves e que não tiveram sucesso apenas com terapia. Nessas situações, apenas o médico poderá prescrever o remédio adequado.
Além desses tratamentos, também pode ser útil entender a origem da sua fobia. Em muitos casos ele é proveniente de uma experiência traumática e costuma surgir na infância.
Curiosidades e exemplos de fobias raras
Origem do nome fobia:
A palavra "fobia" vem do grego "phobos", que significa medo. Originalmente, Phobos era uma figura da mitologia grega que representava o terror, e acompanhava Ares, o deus da guerra,
Variedade de Fobias:
Existem diversas categorias de fobias, incluindo fobias animais, ambientais-naturais, situacionais, corporais e sexuais.
Fobias Estranhas:
Existem fobias muito incomuns e específicas. Por exemplo, a "anatidaefobia" é o medo de estar sendo observado por um pato. Outra curiosa é a "nomofobia", o medo de ficar sem celular ou sem acesso ao celular.
Raízes Históricas:
Alguns pesquisadores acreditam que certas fobias têm uma base evolutiva. Por exemplo, o medo de cobras (ofidiofobia) e aranhas (aracnofobia) pode ter ajudado nossos ancestrais a sobreviver, evitando animais potencialmente venenosos.
Fobias Famosas:
Muitas personalidades históricas sofreram de fobias. Napoleão Bonaparte, por exemplo, tinha medo intenso de gatos. Já Alfred Hitchcock, o mestre dos filmes de suspense, tinha ovofobia – um medo peculiar de ovos.
Fobias Raras:
Lachanofobia: medo de vegetais.
Onfalofobia: medo de umbigos.
Caetofobia: medo de pelos e cabelos.
Bromidrofobia: medo de odores.
Eisoptrofobia: medo de espelhos.
Filemafobia: medo de beijar.
Globofobia: medo de balões de festa.
Turofobia: medo de queijo.
Aulofobia: medo de flauta.
Conclusão:
Esperamos que você tenha gostado e aprendido bastante com este guia sobre fobias.
Na Pontual Psiquiatria, temos tratamentos para todos os tipos de fobia. Se o medo atrapalha sua vida, talvez seja hora de procurar ajuda.
Agende uma consulta. Estamos aqui para ajudar você em cada etapa dessa nova caminhada. Até breve!
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