CID F20 é como chamamos a esquizofrenia na classificação de doenças do mundo.
Ela pode fazer com que a pessoa veja ou ouça coisas que não existe, acredite em fatos irreais e adquira um modo de pensar e agir confuso.
Aproximadamente 1,6 milhões de brasileiros sofrem com o problema.
Começar o tratamento cedo ajuda o paciente a controlar os sintomas antes que eles fiquem piores e contribui para uma vida melhor no futuro.
Neste artigo, vamos explicar o que é esquizofrenia, os diferentes tipos que existem e tratamentos disponíveis.
Tipos de CID F20
A CID F20 tem nove tipos principais:
F20.0: Quando a pessoa é muito desconfiada (paranoide)
F20.1: Quando a pessoa age de forma estranha e infantil (hebefrênica)
F20.2: Quando a pessoa pode ficar muito parada ou agitada (catatônica)
F20.3: Quando não se encaixa exatamente em um tipo (indiferenciada)
F20.4: Tristeza profunda após esquizofrenia (depressão pós-esquizofrênica)
F20.5: Quando os sintomas diminuem, mas não somem completamente (residual)
F20.6: Forma mais simples, com menos sintomas (simples)
F20.8: Outros tipos não listados aqui
F20.9: Quando não dá para dizer qual o tipo exato (não especificada).
Além disso, é importante saber que existem outros tipos de transtorno:
F23.2: Esquizofrenia aguda
F25.2: Esquizofrenia cíclica
F23.2: Reação esquizofrênica
F21: Transtorno esquizotípico
Sintomas da Esquizofrenia
Os sintomas podem ser diferentes para cada pessoa, mas normalmente incluem:
Delírios: Acreditar em coisas que não são verdade, como pensar que estão te perseguindo ou que você é famoso, mesmo que não seja.
Alucinações: Ver ou ouvir coisas que não estão lá. Ouvir vozes é um exemplo comum.
Fala confusa: Ter dificuldade para organizar pensamentos e falar de modo que os outros entendam. Às vezes, até falar coisas que não fazem sentido nenhum.
Comportamento estranho: Agir de maneira muito diferente, sem um objetivo claro, como agir sem sentido ou não conseguir se manter quieto.
Sintomas negativos: Não se cuidar como deveria, demonstrar emoções, perder o interesse em atividades diárias, se isolar ou não conseguir sentir alegria.
Cada um desses sintomas pode tornar a rotina bem difícil para quem tem esquizofrenia.
Como descobrir se uma pessoa tem esquizofrenia?
É mais comum que o transtorno apareça na idade adulta, entre 20 e 30 anos.
No Brasil, cerca de 1,6 milhão de pessoas possuem esquizofrenia.
O diagnóstico deve ser feito por um médico especialista em saúde mental, que observa os comportamentos e o que a pessoa relata sentir.
Não existe um exame específico que possa dizer se alguém tem esquizofrenia.
Também é importante estar atento a sinais como:
agitação psicomotora;
medo;
atitudes estranhas;
isolamento;
olhares vazios; e
mudanças repentinas no comportamento.
Quando é necessário buscar ajuda médica?
Muitas vezes, quem tem esquizofrenia não percebe que está passando por um problema de saúde mental que precisa de cuidados médicos.
Por isso, é comum que amigos ou familiares tenham que procurar ajuda para essas pessoas.
O tratamento costuma ser necessário por toda a vida e pode incluir medicamentos, terapias e reabilitação psicossocial. Em casos mais graves, a hospitalização deve acontecer, mas é importante lembrar que ela só ocorre em situações excepcionais, como durante uma crise ou se os sintomas colocam o paciente em risco.
CID F20 e problemas cognitivos
Ter dificuldades para lembrar de coisas, manter o foco. organizar pensamentos, fazer planos e resolver problemas são sinais de problemas cognitivos.
Algumas pessoas não conseguem se concentrar para ler, assistir a um filme ou seguir instruções. Outras se distraem fácil e não ficam ligadas em uma tarefa por muito tempo.
Isso torna muito difícil fazer trabalhos que demandam atenção, exigem a tomada de decisão ou um passo a passo técnico.
Na esquizofrenia, esses problemas cognitivos são comuns e podem ser um dos primeiros sinais de que algo não está certo.
Isso acontece porque a esquizofrenia afeta áreas do cérebro responsáveis pelo nosso pensamento e capacidade de processar informações.
Certos medicamentos, especialmente os antipsicóticos, podem ajudar a reduzir os sintomas da esquizofrenia, trazer clareza mental e ajudar na capacidade de se concentrar. No entanto, apenas um profissional de saúde pode avaliar corretamente e indicar o melhor tratamento para cada caso.
CID F20: Tratamentos para esquizofrenia
O tratamento inclui remédios específicos, apoio com cursos e atividades em grupo, conversa com terapeutas e informação para a família. Mesmo que os remédios ajudem muito, metade das pessoas com esquizofrenia não segue direito o tratamento. Muitos se recusam aceitar o tratamento, outros pela falta de consciência da doença ou pelo o medo dos efeitos colaterais.
O tratamento para essa doença mental é organizado pelo psiquiatra para ajudar o paciente a evitar pioras.
Quando a pessoa passa por uma fase difícil, com muitos sintomas, algumas coisas podem ser feitas:
Remédios antipsicóticos: Esses remédios ajudam a controlar as vozes ou coisas que a pessoa acredita, mas que não são reais. Depois que os sintomas melhoram, o medicamento continua sendo importante para prevenir novos episódios.
Internação: Se o paciente estiver correndo risco de se machucar ou machucar os outros, pode ser necessário ficar internado por um tempo. O médico e a família devem conversar sobre isso.
Psicoterapia: Melhora os sintomas e ajuda a pessoa a voltar a se dar bem com os outros.
Terapia ocupacional: ajuda a pessoa a querer se envolver de novo em tarefas e aumenta sua capacidade de organização e criatividade.
Grupos de apoio: São bons para compartilhar experiências e receber incentivo de outras pessoas que estão passando por situações parecidas.
Esquizofrenia e Suicídio
O risco de suicídio em pessoas com esquizofrenia é maior do que na população geral, sendo a principal causa de morte de pacientes com o transtorno.
Alguns fatores podem contribuir para o risco de suicídio em pessoas com esquizofrenia:
Depressão.
Abuso de drogas
Traumas na infância ou adolescência
Diagnóstico de doenças graves
Conclusão:
Agora que você entendeu mais sobre CID F20, percebeu que esse é um transtorno que merece cuidado e atenção. Se alguém na sua família ou círculo de amizades enfrenta esse problema não deixe de ajudar.
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