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Foto do escritorRochelle Affonso Marquetto

CID Autismo ou CID F84.0: o que é, causas, diagnóstico, sintomas e tratamentos


cid autismo

O CID Autismo, ou CID F84.0, é o código da Classificação Internacional de Doenças (CID) que corresponde ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).


Em geral, o Autismo é caracterizado por dificuldades na interação social, comunicação verbal e não verbal, além de comportamentos repetitivos e interesses restritos.


De acordo com um estudo americano, estima-se que uma a cada 36 crianças estadunidenses na faixa etária de oito anos são autistas, o que significa 2,8% daquela população.


Segundo a Agência Brasil, existem 70 milhões de pessoas no mundo com autismo, sendo 2 milhões delas no Brasil.


Trataremos mais sobre o assunto a seguir. Acompanhe!


Causas do CID Autismo


Os pesquisadores ainda não conhecem a causa exata do autismo. Em alguns casos, ele pode estar associado a fatores genéticos, distúrbios neurológicos ou complicações durante a gravidez ou o parto.


No entanto, é importante notar que muitas pessoas com autismo não têm histórico familiar e muitas das causas potenciais do autismo ainda estão sendo pesquisadas.


Diagnóstico Precoce e Sinais de Alerta


De modo geral, o diagnóstico formal do CID Autismo não é feito até que a criança tenha dois anos de idade ou mais. Mesmo assim, os pais e profissionais da saúde podem começar a notar sinais precoces de alerta nesse período.


O processo de diagnóstico do CID Autismo segue alguns dos seguintes elementos:


  • Entrevista detalhada com pais ou cuidadores: Os médicos irão fazer perguntas sobre o comportamento da criança, o desenvolvimento da linguagem, as interações sociais e qualquer preocupação específica a família possa ter.

  • Observações comportamentais: há uma fase de observarão da criança em uma variedade de situações e contextos para avaliar suas o modo que interage, sua comunicação e outros comportamentos.

  • Testes padronizados: esses testes podem medir o desenvolvimento intelectual, de linguagem e de socialização da criança, além de verificar a presença de comportamentos repetitivos ou restritos.

  • Exame médico completo: o pedido de exame médico completo pode ser realizado para descartar quaisquer outras situações clínicas que possam estar causando ou contribuindo para os sintomas.

O diagnóstico precoce é fundamental para o início dos cuidados e tratamento adequado.


Os sintomas do CID Autismo em adultos


É preciso estar atento, pois quem tem autismo pode apresentar maior vulnerabilidade ao desenvolvimento de sintomas depressivos devido a problemas sociais e emocionais específicos.


Os sintomas comuns de autismo em adultos incluem:


  • Dificuldade em interagir com outras pessoas

  • Dificuldade em manter uma comunicação

  • Comportamentos repetitivos e estereotipados

  • Interesses restritos e intensos

  • Alta sensibilidade sensorial

  • Problemas para compreender emoções e demonstrar empatia

  • Problemas em controlar emoções

  • Comorbidades


Sinais de CID Autismo em crianças


Além da semelhança com alguns sintomas do CID Autismo em adultos, os sinais do transtorno em crianças, apresenta ainda algumas especificidades:


  • Atrasos no desenvolvimento da fala

  • Atrasos para andar ou engatinhar

  • Não entende algumas brincadeiras

  • Problemas de interação com os pais


É importante lembrar que a partir da Lei 13.977/2020, conhecida como Lei Romeo Mion, pessoas com autismo passaram a ser incluídas entre os grupos com direito a atendimento prioritário no País.


Os níveis de gravidade do autismo


O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria, classifica o Transtorno do Espectro Autista (TEA) em diferentes níveis de gravidade. Para facilitar o entendimento, os profissionais da saúde tratam esses níveis como leve, moderado e severo. Vamos detalhar esses níveis abaixo.


Nível 1: Autismo de Alto Funcionamento ou Leve

Neste nível, o paciente geralmente consegue conviver normalmente com a maior parte das situações do dia a dia, mas pode precisar de algum grau de apoio.


As pessoas com autismo de alto funcionamento ou leve, por vezes referido como síndrome de Asperger, costumam ter o desenvolvimento linguístico normal, mas podem lutar com nuances sociais e de comunicação não-verbal.


Nível 2: Autismo Moderado

Os pacientes neste nível requerem mais apoio do que aqueles no nível 1. Eles têm mais dificuldades com a comunicação e a interação social, e seus interesses e comportamentos são mais restritos e repetitivos.


Eles podem ter dificuldade em mudar rotinas e padrões de comportamento. Além disso, as mudanças em seu ambiente costumam causar desconforto e angústia.


Nível 3: Autismo Severo

Aqui, os pacientes costumam ter tanto problemas com a comunicação quanto com a interação social. Muitas vezes, eles apresentam uma gama limitada de interesses e atividades que são repetidas de maneira rígida e constante, resistindo fortemente a mudanças em sua rotina ou ambiente.


Neste nível, o autista requer apoio substancial em seu dia a dia. Especialmente, pois alguns podem ter baixo desenvolvimento da linguagem ou mesmo não falar.


Essas categorizações são uma tentativa de capturar a diversidade e o espectro da condição, que varia muito entre os indivíduos.


No entanto, esses níveis de gravidade não determinam a inteligência ou o valor de uma pessoa, mas servem apenas como uma forma de ajudar os profissionais e familiares a planejar os cuidados necessários.


A Diversidade do CID Autismo e a Importância da Inclusão


Como visto, o CID Autismo apresenta uma grande diversidade de manifestações e de comprometimento.


Um exemplo de pessoa com o transtorno do espectro autista é o cientista britânico Stephen Hawking, que foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) aos 21 anos e perdeu progressivamente a capacidade de falar e se movimentar.


Hawking usava um sintetizador de voz para se comunicar e se tornou um dos maiores físicos teóricos da história, contribuindo com importantes descobertas sobre o universo, os buracos negros e a gravidade quântica.


Apesar de ajudar a identificar e classificar o TEA, o CID Autismo não define a pessoa que tem essa condição. O respeito, a inclusão e a valorização da diversidade são fundamentais para garantir a qualidade de vida e os direitos das pessoas com TEA.


Concluindo


Neste artigo, o objetivo foi te informar, conscientizar e orientar melhor sobre o CID Autismo. Tanto pacientes, quanto psiquiatras, psicólogos e outros profissionais da saúde precisam estar cientes de todos os aspectos que abrangem esse transtorno para um tratamento assertivo.


Na Pontual Psiquiatria, tratamos sobre o tema com muita atenção e respeito, buscando sempre ajudar pacientes e familiares com o apoio adequado. Conheça nossa clínica.








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