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Ergonomia no Trabalho: O Que É, Importância, Tipos e Benefícios

  • Foto do escritor: Rochelle Affonso Marquetto
    Rochelle Affonso Marquetto
  • 6 de jun.
  • 5 min de leitura
ergonomia no trabalho

Ergonomia no trabalho é a prática de adaptar o ambiente, as ferramentas e as atividades laborais às necessidades físicas e mentais dos trabalhadores. Ela tem como principal objetivo prevenir lesões, reduzir o desgaste físico e melhorar o bem-estar durante a jornada de trabalho.


Na prática, a ergonomia analisa a postura adotada nos postos de trabalho, o tempo de exposição a esforços repetitivos, o conforto visual, o nível de ruído, entre outros fatores que prejudicam a saúde e o desempenho dos colaboradores.


Empresas que aplicam corretamente os princípios da ergonomia conseguem reduzir afastamentos por doenças ocupacionais, aumentar a produtividade e melhorar a satisfação das equipes.


Já ambientes que ignoram esses aspectos tendem a conviver com altos índices de fadiga, dores musculares, estresse e até acidentes.


Neste artigo, você vai entender de forma simples e objetiva:


  • O que é ergonomia e como ela funciona;

  • Quais são os principais tipos (física, cognitiva e organizacional);

  • E quais benefícios ela pode gerar, tanto para os trabalhadores quanto para o negócio.


Acompanhe!


O que é ergonomia no trabalho?


Ergonomia no trabalho é o conjunto de técnicas e estudos voltados para adaptar o trabalho às condições físicas e mentais das pessoas, e não o contrário. Ou seja, em vez de forçar o trabalhador a se encaixar em um posto de trabalho inadequado, a ergonomia ajusta o ambiente, as ferramentas e os processos para que tudo funcione de forma segura e confortável.


Ela analisa fatores como:


  • A postura exigida durante as tarefas;

  • O tempo de permanência em pé ou sentado;

  • O peso e manuseio de materiais;

  • A repetição de movimentos;

  • A iluminação, o ruído e até o clima emocional no ambiente.


O objetivo é evitar sobrecargas físicas, estresse mental e doenças ocupacionais - como tendinite, lombalgia, síndrome do túnel do carpo ou até burnout. 


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos trabalhadores desenvolvem problemas de saúde mental associados ao trabalho, muitas vezes relacionados a fatores ergonômicos negligenciados.


Além disso, ambientes mal estruturados levam à insatisfação, desmotivação e baixa performance. Por esse motivo, investir em ergonomia é investir diretamente em capital humano, produtividade e sustentabilidade corporativa.



Tipos de ergonomia no trabalho


A ergonomia no trabalho é dividida em três tipos principais: ergonomia física, cognitiva e organizacional. Cada uma foca em aspectos diferentes do ambiente e da rotina, mas todas se complementam para promover saúde, segurança e eficiência.


  1. Ergonomia Física

Esse é o tipo mais conhecido e aplicado nas empresas. A ergonomia física analisa as condições corporais envolvidas na execução das tarefas: postura, movimentos repetitivos, levantamento de peso, esforço muscular, mobiliário e ferramentas de trabalho.


Exemplos práticos:

  • Ajustar a altura da cadeira e da mesa para evitar dores nas costas.

  • Instalar apoios para os pés ou braços.

  • Oferecer pausas para quem trabalha muito tempo em pé ou digitando.


Quando ignorada, essa área pode levar a doenças como LER/DORT (lesões por esforço repetitivo) e problemas de coluna.


  1. Ergonomia Cognitiva

Focada no funcionamento mental e na forma como as pessoas processam informações, essa ergonomia busca reduzir a sobrecarga mental e melhorar a tomada de decisões.


Ela observa fatores como:

  • Carga de atenção exigida.

  • Complexidade das tarefas.

  • Clareza das informações.

  • Tempo de reação necessário.


Exemplos práticos:

  • Evitar interrupções constantes em atividades que exigem concentração.

  • Usar sinalizações claras e sistemas intuitivos nos equipamentos.

  • Reduzir o excesso de estímulos visuais ou sonoros em ambientes operacionais.


A negligência aqui pode causar fadiga mental, erros operacionais e aumento do estresse.


  1. Ergonomia Organizacional

Esse tipo trata da forma como o trabalho é organizado, envolvendo políticas internas, fluxos de comunicação, divisão de tarefas e cultura da empresa.


  • Aspectos avaliados:

  • Carga horária e pausas adequadas.

  • Comunicação entre equipes e líderes.

  • Distribuição justa das atividades.

  • Autonomia e participação dos colaboradores.


Exemplos práticos:

  • Implementar rodízios em tarefas repetitivas.

  • Garantir pausas regulares durante o expediente.

  • Incentivar feedbacks e escuta ativa entre líderes e equipes.


Quando bem aplicada, essa ergonomia reduz a rotatividade, melhora o clima organizacional e fortalece o engajamento.


Principais riscos ergonômicos no trabalho


Embora nem sempre visíveis, os riscos ergonômicos são potentes causas de doenças físicas e mentais. A Fiocruz define riscos ergonômicos como "fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença".


Entre os principais estão:

  • Esforço físico excessivo;

  • Levantamento de peso inadequado;

  • Posturas incorretas prolongadas;

  • Jornadas exaustivas;

  • Monotonia e repetitividade;

  • Controle rígido de produtividade;

  • Pressão psicológica intensa.


Doenças relacionadas à má ergonomia


É assustador pensar, mas de fato, a lista de doenças relacionadas à falta de ergonomia é extensa. 


Segundo a Fundacentro e o Manual de Saúde Ocupacional da Fiocruz, entre as doenças mais comuns associadas à falta de ergonomia destacam-se:

  • LER/DORT: Inflamações em tendões, músculos e articulações;

  • Burnout: Esgotamento físico e mental extremo causado por estresse ocupacional;

  • Ansiedade e Depressão: Transtornos emocionais agravados por ambientes tóxicos;

  • Gastrite e Úlceras: Doenças digestivas ligadas ao estresse crônico;

  • Problemas de coluna: Incluindo lordose, hérnias de disco e lombalgias;

  • Varizes: Dilatação das veias devido à permanência prolongada em pé ou sentado;

  • Síndrome do Túnel do Carpo: Compressão do nervo mediano por movimentos repetitivos;

  • Tendinites e Bursites: Inflamações causadas por sobrecarga e esforços repetitivos;

  • Cefaleia Tensional: Dores de cabeça associadas à má postura e tensão muscular;

  • Hipertensão Arterial: Elevado nível de estresse impactando o sistema cardiovascular;

  • Insônia: Distúrbios do sono ligados a ambientes de alta pressão e estresse.


Por isso, a ergonomia no trabalho deixou de ser uma mera recomendação para se tornar uma necessidade estratégica e, mais ainda, um imperativo legal.


Benefícios de adotar a ergonomia no trabalho:


  • Redução de afastamentos;

  • Diminuição de custos com saúde;

  • Ambientes mais seguros;

  • Clima organizacional positivo;

  • Aumento de produtividade;

  • Fortalecimento da saúde mental.


Com menos doenças ocupacionais, as empresas economizam com despesas médicas, indenizações, planos de saúde e custos indiretos relacionados a absenteísmo e alta rotatividade. 


Como aplicar ergonomia no ambiente de trabalho:


A aplicação da ergonomia deve considerar tanto o bem-estar físico quanto o emocional dos colaboradores. Com ajustes simples, é possível prevenir lesões, fadiga e até o esgotamento mental.


Veja como aplicar na prática:


Ajustes Físicos:

  • Forneça cadeiras e mesas ajustáveis que respeitem a postura ideal.

  • Posicione monitores na altura correta para evitar dores cervicais.

  • Utilize apoios para pés, teclados e mouses ergonômicos.

  • Evite esforços repetitivos: automatize tarefas sempre que possível.

  • Organize o layout para facilitar o deslocamento e a movimentação.


Organização da Rotina:

  • Estabeleça pausas curtas regulares (a cada 50–60 minutos).

  • Implemente rodízios de tarefas para evitar sobrecarga muscular e mental.

  • Incentive microalongamentos durante o expediente.

  • Regule a carga de trabalho para evitar excessos.


Saúde Mental e Prevenção do Burnout:

  • Monitore níveis de estresse e sobrecarga emocional entre as equipes.

  • Estabeleça limites de jornada (respeito ao horário de saída).

  • Crie espaços de escuta e acolhimento (ex: rodas de conversa, apoio psicológico).

  • Reduza o número de reuniões improdutivas e cobranças fora do expediente.

  • Promova um clima organizacional saudável, com liderança empática e reconhecimento profissional.


Conclusão: ergonomia no trabalho é um compromisso com a vida 


Em resumo, ergonomia no trabalho é um compromisso com a saúde física e mental das equipes. Logo, não espere que os problemas surjam para agir.


Criar ambientes mais ergonômicos é uma das atitudes mais humanas e estratégicas que uma empresa pode adotar. Então, que tal começar agora a reestruturar o seu ambiente corporativo?


Lembre-se: cuidar das pessoas é cuidar do futuro da sua empresa.


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