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Turnover: Como o Clima Organizacional Afeta a Rotatividade de Funcionários

  • Foto do escritor: Rochelle Affonso Marquetto
    Rochelle Affonso Marquetto
  • há 4 dias
  • 4 min de leitura

turnover

O turnover — ou, em bom português, a rotatividade de funcionários — é uma das métricas mais importantes para qualquer empresa que deseja crescer de forma sustentável. 


Afinal, por trás de cada desligamento, voluntário ou não, existe uma série de fatores que merecem atenção: desde a qualidade da liderança até o clima organizacional e, principalmente, a saúde mental dos colaboradores.


E não estamos falando de uma preocupação isolada. De acordo com um levantamento da Robert Half, o Brasil possui o maior índice de turnover do mundo: 56%. 

Isso significa que mais da metade da força de trabalho pode estar entrando e saindo das empresas em um curto período de tempo. Parece muito, né? E é.


Mas o que explica esse número tão alarmante? E como ele se relaciona com a saúde emocional das equipes?


É o que vamos descobrir agora. Acompanhe!


O que é turnover e por que ele importa tanto?


Antes de tudo, é essencial entender o conceito. O turnover representa o índice de substituição de funcionários dentro de uma empresa em determinado período. 


Em outras palavras, ele mostra quantas pessoas saem e quantas entram numa organização em um certo tempo — geralmente em um ano.


Esse indicador não é só um número frio. Ele aponta para algo muito mais profundo: a estabilidade, a cultura e até a reputação de uma empresa como ambiente de trabalho. 


E quando o turnover é alto, ele escancara que alguma coisa não vai bem.


Como calcular o turnover de uma empresa?


O cálculo é simples, mas o impacto por trás dele nem tanto. Veja a fórmula básica:

Taxa de Turnover (%) = [(Número de admissões + Número de desligamentos) ÷ 2] ÷ Número total de funcionários × 100


Vamos a um exemplo prático para deixar mais claro:


Imagine uma empresa com 100 funcionários. Durante o ano, ela contratou 30 pessoas e desligou 20. 


A conta seria:

[(30 + 20) ÷ 2] ÷ 100 × 100 = 25%


Ou seja, o turnover da empresa foi de 25%.


Mas atenção: qual é a taxa ideal de turnover? Em geral, especialistas consideram saudável uma taxa entre 5% e 10% ao ano, dependendo do setor.


Portanto, quando passamos disso — e muito —, como no caso dos 56% do Brasil, acende-se um alerta vermelho.


O elo direto entre turnover e saúde mental


Agora, vamos ao ponto central da conversa: o quanto o ambiente de trabalho impacta diretamente na permanência — ou saída — de um colaborador. E aqui não dá pra fugir da palavra que vem ganhando (e merecendo) espaço: saúde mental.


Funcionários não pedem demissão só por salário. Na verdade, em muitos casos, eles vão embora porque estão esgotados, ansiosos, desvalorizados ou sem espaço para crescer.


E se você parar para refletir, faz sentido: quem consegue produzir bem em um ambiente tóxico, sobrecarregado ou indiferente às emoções humanas?


Principais causas de turnover ligadas à saúde mental


Vamos aprofundar. A seguir, veja causas recorrentes de desligamentos diretamente associadas ao bem-estar psicológico:


  1. Clima organizacional tóxico

Ambientes onde há fofocas, competitividade exagerada, microgerenciamento ou lideranças autoritárias corroem a energia das equipes.

 

E, quando a confiança se quebra, a vontade de permanecer também desaparece.


  1. Sobrecarga e burnout

Excesso de demandas, prazos irreais e jornadas intermináveis. Tudo isso é receita certa para o burnout — e para pedidos de demissão. 


E o mais preocupante é que o burnout já foi reconhecido pela OMS como um fenômeno ocupacional.


  1. Falta de reconhecimento

Trabalhar duro e não ser valorizado mina a autoestima de qualquer profissional. E isso, com o tempo, desgasta a motivação e alimenta o desejo de buscar outro lugar onde ele se sinta visto e respeitado.


  1. Ausência de propósito ou alinhamento

Quando os valores da empresa não batem com os do colaborador, nasce uma desconexão. Isso afeta o engajamento e gera um sentimento constante de "estar no lugar errado".


Estratégias para reduzir o turnover cuidando da saúde mental


Agora que entendemos a raiz do problema, vamos falar de soluções. E elas passam, obrigatoriamente, por uma cultura organizacional mais humana, empática e estruturada. 

A seguir, veja ações que podem transformar essa realidade:


  • Criar um ambiente psicologicamente seguro

Promova uma cultura onde as pessoas se sintam à vontade para falar, errar e pedir ajuda. Reuniões de escuta ativa, feedbacks contínuos e canais anônimos de comunicação são grandes aliados.


  • Capacitar líderes emocionalmente inteligentes

Líderes são os termômetros da equipe. Se eles não sabem escutar, acolher e conduzir conflitos, os danos são enormes. Invista em treinamentos sobre empatia, gestão emocional e comunicação não-violenta.


  • Oferecer suporte psicológico real

Além do plano de saúde tradicional, ofereça acesso a psicólogos, rodas de conversa, pausas para saúde mental e conteúdos educativos. Isso mostra que a empresa se importa — de verdade.


  • Monitorar a sobrecarga e respeitar os limites

Estabeleça metas realistas, evite horas extras como regra e incentive o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Funcionário descansado rende mais — e permanece mais.


  • Valorizar o bom trabalho de forma constante

Reconheça conquistas, celebre marcos e ofereça incentivos que vão além do financeiro. Sentir-se valorizado é uma das maiores motivações para ficar.


Por que se atentar ao turnover é fundamental para o sucesso do negócio?


Porque colaboradores saudáveis emocionalmente produzem mais, permanecem mais tempo, falam bem da empresa e atraem outros talentos. Além disso, o custo da rotatividade é altíssimo: envolve tempo, treinamento, queda de produtividade e prejuízo na cultura organizacional.


Portanto, investir em saúde mental não é só uma ação socialmente correta — é também uma estratégia empresarial inteligente e lucrativa.


Em resumo:


O turnover é reflexo direto da forma como uma empresa trata, cuida e valoriza suas pessoas. E, se a saúde mental for deixada de lado, os custos humanos e financeiros virão logo atrás.


Assim sendo, fica o convite: olhe para os dados da sua empresa, observe os comportamentos das suas equipes e se pergunte — estamos oferecendo um ambiente que acolhe ou que afasta?


Entre em contato com a nossa equipe de psicólogos e psiquiatras especializados e descubra como podemos ajudar sua empresa a construir um ambiente mais saudável, produtivo e acolhedor.


Porque cuidar da saúde mental no trabalho não é mais uma opção — é uma prioridade.


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