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DDS Saúde Mental: 10 Estratégias para Fortalecer o Bem-Estar Emocional no Trabalho

  • Foto do escritor: Rochelle Affonso Marquetto
    Rochelle Affonso Marquetto
  • 21 de mai.
  • 5 min de leitura

dds saúde mental

Você já ouviu falar em DDS sobre saúde mental? Pois saiba que, além de ser uma excelente ferramenta para criar ambientes de trabalho mais humanos e equilibrados, agora também é uma questão legal. 


Sim, a partir de maio de 2025, empresas de todo o Brasil terão que avaliar os riscos psicossociais no trabalho – ou seja, fatores que afetam diretamente a saúde mental dos colaboradores. 


E adivinha? O DDS é uma das formas mais simples e eficazes de começar a cumprir essa exigência.


Mas espera aí... O que é DDS mesmo?


DDS significa Diálogo Diário de Segurança, e tradicionalmente ele era usado para falar sobre prevenção de acidentes e segurança física. Só que, agora, a saúde emocional entrou oficialmente no radar. 


E não é por acaso. Burnout, ansiedade, conflitos internos e até depressão vêm crescendo nos ambientes de trabalho.


Portanto, usar o DDS para falar de sentimentos, estresse, relações interpessoais, carga mental, propósito no trabalho e autocuidado é uma jogada inteligente, humana – e agora, obrigatória.


O que mudou com a NR-1 para 2025?


Em 2024, o Ministério do Trabalho atualizou a Norma Regulamentadora nº 1, e uma das grandes novidades foi a inclusão da avaliação de riscos psicossociais nos Programas de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso vale para todas as empresas a partir de maio de 2025.


Ou seja: vai ser preciso identificar fatores como assédio, sobrecarga, estresse crônico, pressão abusiva por resultados, ambientes tóxicos e má comunicação interna. 


E mais: registrar, propor soluções e acompanhar.


10 Estratégias Práticas para DDS Saúde Mental no Trabalho


Vamos agora ao que interessa: como usar o DDS para cuidar da saúde mental da sua equipe - e já se alinhar às exigências da nova NR-1?


  1. Pratique Escuta Ativa: 

A primeira coisa que precisa ser dita: escutar não é só ficar quieto esperando a vez de falar. 


No contexto do DDS, escutar ativamente é dar atenção verdadeira. É parar, olhar no olho (ou para a câmera, se for remoto), mostrar que você está ali com a pessoa.


O que aplicar no DDS:

  • Crie espaços para que os colaboradores falem, sem interrupções.

  • Evite julgamentos imediatos. Frases como “isso é drama” ou “mas fulano também passa por isso e nem reclama” só afastam.

  • Incentive líderes a fazerem perguntas abertas: “O que tem te tirado o sono ultimamente?” ou “O que faria sua semana ser mais leve?”


  1. Fale sobre Pausas com Propósito

Pausa não é luxo. Pausa é estratégia de produtividade. A mente precisa de “respiros mentais” ao longo do dia para manter o raciocínio afiado, a paciência em dia e o humor equilibrado.


Use o DDS para:

  • Explicar a diferença entre “ficar parado olhando pro nada” e “dar um tempo para recarregar”.

  • Falar sobre micro pausas: levantar por 2 minutos, alongar os braços, olhar pela janela, respirar fundo.

  • Reforçar que ninguém deveria se sentir culpado por parar. Cansaço não é sinal de fraqueza, é sinal de que algo precisa de atenção.


  1. Introduza Práticas de Respiração Consciente

Respirar parece automático, mas poucas pessoas respiram de forma consciente. Quando o estresse bate, a respiração fica curta e rápida — e isso ativa o alarme interno do corpo. 


Ensinar técnicas simples de respiração pode trazer alívio imediato e ajudar a regular emoções.


No DDS, experimente:

  • Ensinar a respiração 4-4-4 (inspirar em 4 segundos, segurar por 4, soltar em 4).

  • Falar sobre como o sistema nervoso responde ao controle da respiração.

  • Criar o “momento zen”: todo DDS termina com 1 minuto de respiração profunda.


  1. Trabalhe a Autocompaixão

A autocompaixão é um tema sensível e transformador. Muita gente é generosa com os outros, mas cruel consigo mesma. No ambiente de trabalho, isso vira um ciclo de autoexigência que leva à exaustão.


Sugestões para DDS:

  • Converse sobre como a voz interna pode ser destrutiva (“você nunca acerta”, “você é lento”).

  • Traga o exercício da inversão: “Se um amigo estivesse passando pelo mesmo que você, o que você diria?”

  • Incentive o uso de frases de acolhimento: “Eu estou tentando, e está tudo bem não ser perfeito hoje.”

  • Entregue post-its e peça para cada um escrever uma frase gentil para si mesmo e colar no mural da empresa.


  1. Reconhecimento e Valorização

Pessoas que se sentem invisíveis adoecem. O reconhecimento tem impacto direto na autoestima e na motivação. E não precisa de mega premiações — um “obrigado” sincero já vale ouro.


Como usar no DDS:

  • Crie um momento fixo no DDS para que um colaborador reconheça outro por algo legal da semana.

  • Fale sobre os 3 tipos de reconhecimento: técnico (bom trabalho), emocional (ajuda nos bastidores), relacional (boa convivência).

  • Incentive a liderança a elogiar em público — com autenticidade, nada de “parabéns padrão”.


  1. Atente-se aos Sinais de Alerta Emocional

Não espere a crise bater para agir. O DDS pode (e deve) ser um canal de educação emocional sobre os sinais silenciosos de sofrimento psíquico.


Fale abertamente sobre:

  • Mudança brusca de comportamento (alguém mais calado, mais explosivo, mais cansado).

  • Falta de concentração, atrasos constantes, isolamento.

  • Como e onde buscar ajuda — desde o RH até canais externos como o CVV (188).

  • Use estatísticas para mostrar como esses sintomas são comuns e não indicam “fraqueza”, mas sim uma necessidade legítima de cuidado.


  1. Converse sobre Assédio e Clima Tóxico

Aqui o DDS assume um papel educativo e protetivo. Muitas pessoas não sabem identificar assédio ou sentem medo de falar.


No DDS, traga exemplos reais de:

  • Assédio moral disfarçado de “exigência” (gritar, humilhar, ironizar).

  • Microagressões no ambiente (piadas ofensivas, exclusão em reuniões).

  • A importância de ambientes respeitosos e canais de denúncia seguros.


  1. Fale sobre o Direito à Desconexão

Responder e-mail à meia-noite não é dedicação, é alerta vermelho. O DDS pode ser o espaço para reeducar as práticas do time quanto aos horários e limites do expediente.


Temas úteis para discutir:

  • Por que o cérebro precisa encerrar o “turno mental” do trabalho.

  • Os impactos do trabalho fora de hora no sono, nas relações e na saúde.

  • Acordos de comunicação saudável: o que pode esperar até o próximo dia?


  1. Use o DDS como termômetro emocional

O DDS pode se tornar uma fonte riquíssima de insights sobre o clima emocional da equipe.


Como aplicar:

  • Tenha um facilitador que anote padrões de discurso, queixas frequentes, repetições.

  • Crie um relatório informal quinzenal com os temas mais citados.

  • Leve isso ao RH ou à liderança como base para decisões mais humanas.


  1. Traga Profissionais Convidados

Especialistas têm uma forma de legitimar o cuidado com a saúde mental. Ouvir um psicólogo, uma enfermeira do trabalho ou até um advogado trabalhista abre horizontes.


Como organizar isso no DDS:

  • Convide um profissional uma vez por mês (pode ser online).

  • Deixe o espaço para perguntas anônimas — com uma caixinha antes do encontro.

  • Grave o conteúdo e compartilhe como trilha de apoio.

  • Leve um psiquiatra ou psicólogo para falar sobre saúde mental no trabalho.


Conclusão:

Se você chegou até aqui, já entendeu que o DDS Saúde Mental vai muito além de uma “rodinha de conversa”. Ele é ferramenta estratégica, instrumento de cuidado real e agora, exigência legal.

Assim sendo, investir tempo e energia nisso é investir no que sua empresa tem de mais valioso: as pessoas.


Na Pontual Psiquiatria, entendemos que saúde mental no trabalho não pode mais ser tratada como algo secundário — especialmente com as novas exigências legais em vigor. 


Quer apoio especializado para aplicar DDS sobre saúde mental na sua empresa?


Fale com nossa equipe e descubra como podemos ajudar.


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