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Misofonia: significado, sintomas, causas e tratamentos

Foto do escritor: Rochelle Affonso MarquettoRochelle Affonso Marquetto

misofonia o que é

Se você tem misofonia pode sentir raiva, irritação ou até pânico ao ouvir sons específicos, como alguém mastigando perto de você, bocejando ou até respirando.


De fato, para a maioria das pessoas esses barulhos não incomodam e passam despercebidos, mas para alguém com o distúrbio pode ser absurdamente incômodo.


Apesar de não ser considerada um transtorno mental, pode estar associada a outras condições, como ansiedade, TOC e autismo.


Além disso, a misofonia também não é um distúrbio auditivo, pois pessoas com o problema geralmente têm um sistema auditivo normal.


Se você quer entender mais sobre o assunto, acompanhe nosso post.


O que é misofonia


A misofonia é reconhecida cientificamente desde os anos 2000. Sua origem não é clara, mas pode estar relacionada a fatores genéticos, neurológicos ou ambientais.


A idade de início dos sintomas de misofonia pode variar, mas geralmente começa na infância, por volta dos 9 aos 13 anos.


A principal característica da misofonia é a aversão desproporcional a alguns sons que leva a pessoa a uma descarga emocional negativa. Muitas vezes, ela pode sentir ódio, raiva intensa, irritabilidade e até sintomas físicos, como taquicardia, palpitação e sudorese.


Conheça os principais sintomas da misofonia


De acordo com publicação no site O Globo, dados da Universidade de São Paulo revelam que cerca de 150 mil pessoas recebem o diagnóstico de misofonia anualmente no Brasil.


Os principais sintomas são:


  • Irritação extrema aos ruídos

  • Raiva, ódio e ansiedade

  • Tensão muscular 

  • Dificuldade de concentração

  • Estouros emocionais 

  • Repulsa ou nojo de certos ruídos

  • Isolamento social

  • Vergonha por reações a sons

  • Reações agressivas

  • Agitação

  • Taquicardia, palpitação e sudorese 


Entenda as causas e fatores de risco 


Embora os especialistas ainda estejam tentando entender completamente por que o problema acontece, acredita-se que uma mistura de causas esteja por trás dessa sensibilidade aos sons: 


  • Evidências sugerem que a misofonia possa ter raízes genéticas, já que relatos indicam sua presença em diversas gerações de algumas famílias. 

  • Em outros casos, ela pode ser resultado de aprendizado e condicionamento, uma espécie de resposta que desenvolvemos a sons específicos ao longo do tempo. 

  • Alterações neurológicas também entram na lista de possíveis causas, ao afetar diretamente como percebemos e processamos os sons ao nosso redor.

  • Fatores ambientais, como a exposição repetida a determinados ruídos, também podem influenciar no desenvolvimento dessa condição. 

  • Além disso, a misofonia muitas vezes aparece acompanhada de outros transtornos, como ansiedade, TOC, autismo e hiperacusia, o que pode intensificar ainda mais a aversão a sons específicos.


Principais sons e gatilhos 


Na misofonia alguns sons específicos são gatilhos para os quadros de explosão e descontrole emocional. 

Alguns exemplos de sons que podem incomodar incluem:

  • Respiração ruidosa ou ofegante

  • Tosses e espirros

  • Mastigação

  • Digitação de teclado

  • Clicar a caneta

  • Usar talheres

  • Tamborilar os dedos

  • Mexer como chaves

  • Abrir papel de bala e de pipoca

  • Arrastar chinelo e o barulho de salto alto no chão

  • Barulho de digestão

  • Cortar unhas

  • Estalar os dedos

  • Barulho de chiclete

  • Barulho de líquidos com canudo

  • Barulho de deglutição

  • Barulho de pessoas engolindo

  • Barulho de pessoas bebendo líquidos

  • Barulho de pessoas soprando o nariz

  • Barulho de pessoas roncando

  • Barulho de animais, como latidos e miados 


Tipos de tratamento para misofonia


Para ter o diagnóstico é preciso passar por uma avaliação clínica detalhada por um especialista, geralmente um otorrinolaringologista, neurologista ou psiquiatra.

É bom lembrar que o médico considera os sintomas relatados pelo paciente, seu histórico e a ocorrência de gatilhos específicos. 

Além disso, testes auditivos podem ser realizados para descartar outros problemas auditivos. 

O tratamento pode incluir técnicas como:

  • Psicoterapia

  • Terapia de dessensibilização

  • Neurofeedback

  • Medicamentos (em alguns casos)

  • Uso de protetores ou dispositivos auriculares

  • Técnicas de relaxamento e mindfulness 



Vale lembrar que o que ajuda uma pessoa pode não ajudar outra da mesma maneira, e encontrar o tratamento certo geralmente significa testar opções até achar o que mais combina com você.



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Diferença entre Misofonia e Hiperacusia


A misofonia e a hiperacusia são relacionadas à sensibilidade ao som, mas apresentam diferenças em termos de manifestações e sintomas.


  • Misofonia (como vimos) é a reação negativa a sons específicos, mas não é que o som seja alto demais; e sim sobre o tipo de som.


Por exemplo, o barulho de alguém clicando uma caneta pode fazer alguém com misofonia querer sair correndo da sala.


É como se o cérebro dessas pessoas estivesse programado para reagir de forma exagerada a certos barulhos.


  • Hiperacusia, por outro lado, é quando o volume dos sons é o problema.


Pessoas com hiperacusia acham que quase todos os sons são muito altos e isso pode causar desconforto ou até dor. 


Para eles, o som de uma conversa normal pode parecer um show de rock no volume máximo.


Então, basicamente, a misofonia é sobre o tipo de som que te irrita, enquanto a hiperacusia é quando quase todos os sons parecem estar no volume máximo. 


Tecnologia e misofonia: aparelhos que ajudam a controlar os sintomas


A tecnologia traz soluções promissoras para ajudar quem sofre de misofonia a controlar os sintomas e melhorar sua qualidade de vida.


Fones de ouvido com cancelamento de ruído são ótimas opções que reduzem a exposição a sons desagradáveis e permitem foco nas atividades diárias. Muitos desses fones são portáteis e práticos em diferentes situações.


Dispositivos e aplicativos que emitem ruído branco ou rosa também são bem úteis. Eles podem mascarar ruídos e atenuam a sensibilidade, proporcionando alívio. 

Aplicativos específicos para misofonia oferecem desde listas personalizáveis de sons até exercícios de relaxamento que ajudam no controle da ansiedade e irritabilidade.


Conclusão


Enfim, esperamos que esse post possa ter te ajudado a entender melhor sobre a misofonia. Se você passa pelo problema, saiba que a psicoterapia pode ajudar muito.


Ela é uma alternativa amplamente usada e que tem ajudado inúmeros pacientes na superação do problema.


Na Pontual Psiquiatria você conta com um quadro de profissionais completo de psicólogos, psiquiatras e psicoterapeutas com especialização em abordagens terapêuticas para o distúrbio.


Agende sua consulta e vamos juntos rumo à transformação que pode te ajudar a melhorar seu bem estar e qualidade de vida.


 
 
 

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