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Distimia: O que é, causas, sintomas e tratamentos

Foto do escritor: Rochelle Affonso MarquettoRochelle Affonso Marquetto

o que é distimia

A distimia, classificada como transtorno depressivo persistente, é caracterizada pelo estado de mau humor crônico que dura pelo menos dois anos. 


Ela afeta cerca de 6% da população mundial. Apesar de não ser tão intensa quanto a depressão, ela se destaca pela sua duração prolongada. 

Pessoas com distimia ficam desanimadas e tristes na maior parte do tempo, com dificuldade em encontrar prazer em atividades do dia a dia.


Embora continuem a viver suas rotinas, a sensação de descontentamento e falta de motivação impactam muito suas vidas sociais e profissionais.


Hoje vamos conhecer um pouco mais sobre esse transtorno e falaremos sobre suas causas e tratamentos.


Acompanhe!


Distimia CID F34.1: Classificação e Diagnóstico


A distimia é definida no Capítulo V da CID-10, que abrange os "Transtornos mentais e comportamentais.


Mais especificamente, ela é categorizada como um "Transtorno de humor afetivo persistente", pertencente ao grupo F34 da CID-10. Dentro desse grupo, a distimia recebe o código F34.1.


Esta classificação é essencial para fins de diagnóstico e tratamento, pois fornece um padrão internacionalmente reconhecido para a identificação e registro desse transtorno de saúde mental.



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Principais critérios para o diagnóstico: 


  • Humor cronicamente deprimido na maior parte dos dias por pelo menos 2 anos (1 ano em crianças e adolescentes).


  • Presença de pelo menos 2 dos seguintes sintomas adicionais durante os períodos de humor deprimido: 


  1. apetite reduzido ou aumentado

  2. insônia ou hipersonia, 

  3. pouca energia ou fadiga

  4. baixa autoestima

  5. dificuldades de concentração ou de tomada de decisões

  6. sentimentos de desesperança


Se os sintomas forem mais graves, podem caracterizar um episódio depressivo maior.

Portanto, é importante fazer o diagnóstico diferencial para descartar outras condições médicas ou psiquiátricas que possam causar sintomas semelhantes.


Como é uma Pessoa com Distimia?


Pessoas com distimia tendem a ser mais quietas, introspectivas e sensíveis

Geralmente elas apresentam sintomas semelhantes aos da depressão, como tristeza profunda e irritabilidade, mas continuam a realizar suas tarefas diárias mesmo com grande esforço e pouca produtividade.


Distimia x Depressão: Entenda a Diferença


A distimia e a depressão diferem em termos de duração, intensidade e tratamento:


Distimia:


  • Recorrente: A distimia é uma forma crônica de depressão, menos intensa, porém mais duradoura do que a depressão.

  • Sintomas Leves e Persistentes: Caracteriza-se por humor deprimido na maior parte do tempo, irritabilidade, mau humor, baixa autoestima, desânimo e predominância de pensamentos negativos.

  • Tempo de Manifestação: Os sintomas da distimia devem estar presentes por pelo menos 2 anos consecutivos (1 ano em crianças e adolescentes).

  • Tratamento: O tratamento para a distimia pode requerer medicamentos antidepressivos, psicoterapia, e em casos mais graves, estimulação cerebral.


Depressão:


  • Desencadeada por Eventos Específicos: A depressão pode ser desencadeada por eventos como traumas e ter uma duração mais curta, porém mais intensa.

  • Sintomas Graves e Agudos: Inclui humor deprimido, perda de interesse e prazer, alterações no sono e apetite, fadiga, sentimento de culpa e pensamentos suicidas.

  • Tempo de Manifestação: Os sintomas da depressão devem estar presentes por pelo menos 2 semanas.

  • Tratamento: O tratamento para a depressão também pode requerer medicamentos antidepressivos, psicoterapia, e em casos graves, intervenções intensivas.


Causas da Distimia


Vários fatores podem causar distimia, mas os eventos mais comuns incluem:


Fatores Biológicos:


  • Genética: A hereditariedade é importante na determinação da distimia, pois pessoas com histórico familiar de depressão são mais propensas a desenvolver o transtorno.

  • Alterações Químicas no Cérebro: Mudanças nos níveis de neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina, costumam influenciar a ocorrência do problema.


Fatores Psicológicos:


  • Predisposição Familiar: A predisposição familiar é outra causa, pois quem já teve alguém com depressão na família está mais propenso ao desenvolvimento do transtorno.

  • Traumas: Experiências traumáticas, como perda ou abuso, também contribuem para seu aparecimento.


Fatores Sociais:


  • Estresse: O estresse psicológico, seja por causa de problemas financeiros, relacionamentos ou trabalho também é muito comum.

  • Idade: A distimia acontece mais em pessoas mais velhas, especialmente após a menopausa em mulheres.

  • Ser Mulher: Costuma ser mais comum em mulheres do que em homens.

  • Presença de Outras Doenças: Pode estar associada a outras doenças, como doenças crônicas ou doenças mentais


Sintomas Comuns de Distimia


Agora, imagine ter que acordar todos os dias com um peso no coração e aquela sensação persistente de tristeza ou vazio que parece não ter fim. 

Essa é a realidade enfrentada por muitas pessoas com distimia. 


Vamos dar uma olhada mais de perto em alguns dos sintomas desse problema:


  • Falta de motivação e energia

  • Dificuldades de concentração

  • Alterações no apetite e no sono

  • Sensação de vazio ou infelicidade

  • Irritabilidade constante

  • Pensamentos negativos recorrentes

  • Falta de esperança

  • Isolamento social

  • Insatisfação contínua

  • Baixa autoestima

  • Queda na produtividade

  • Sentimento de inadequação


Consultando Especialistas em Distimia


Buscar orientação de especialistas é fundamental para garantir um tratamento que traga resultados efetivos. 


Estudos mostram que a estimativa de recuperação do transtorno distímico em 5 anos é de 53,9%, porém entre os que se recuperam, a estimativa do risco de recaída é de 45,2%. 


Por isso a necessidade de não apenas tratar, mas de fazer a manutenção do tratamento é tão importante.


Importância do Tratamento com Especialistas:


  • Diagnóstico Preciso: Os especialistas realizam uma avaliação detalhada para diagnosticar corretamente a distimia, diferenciando-a de outros transtornos e identificando as melhores abordagens de tratamento.

  • Tratamento Personalizado: Os profissionais de saúde mental podem desenvolver um plano de tratamento personalizado, considerando as necessidades específicas de cada paciente.

  • Acompanhamento Profissional: O acompanhamento regular com especialistas é fundamental para monitorar a evolução do tratamento e ajustar as intervenções conforme necessário.


Tipos de Tratamento Comuns:


  • Psicoterapia: A terapia cognitivo-comportamental é geralmente recomendada para ajudar a pessoa a identificar e modificar padrões de pensamento e sintomas da distimia.

  • Medicamentos Antidepressivos: Em alguns casos, o uso de remédios é indicado para ajudar a regular os desequilíbrios químicos no cérebro e aliviar os sintomas mais severos.

  • Mudanças no Estilo de Vida: Adotar hábitos saudáveis, como exercícios físicos, alimentação balanceada e sono adequado, é fundamental para complementar o tratamento da distimia.


Taxa de Melhora e Novas Abordagens:


Com o tratamento adequado, muitas pacientes relatam uma grande melhora nos sintomas e na qualidade de vida.


Novas Abordagens como o Neurofeedback: Terapias inovadoras, como o neurofeedback, estão sendo exploradas como complemento ao tratamento tradicional da distimia, com excelentes resultados e novas perspectivas de intervenção.

A busca por ajuda profissional faz toda a diferença no enfrentamento e no tratamento desse transtorno.


Conclusão


Esperamos que este artigo tenha esclarecido suas dúvidas sobre a distimia e incentivado você a buscar ajuda, se necessário. Lembre-se, cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física.


A Pontual Psiquiatria convida você a se aprofundar mais nos conteúdos do nosso blog e continuar aprendendo sobre transtornos e saúde mental!



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