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Foto do escritorRochelle Affonso Marquetto

Brainrot: será que a sobrecarga digital está apodrecendo seu cérebro?


Brainrot

O crescimento explosivo das redes sociais trouxe uma avalanche de informações, mas nem sempre de qualidade. Entre memes, fofocas e vídeos virais, surge o conceito de "brainrot" — um termo que descreve o desgaste cognitivo causado pelo consumo desenfreado de conteúdo superficial.


Hoje, é essencial entender como a tecnologia pode prejudicar o desenvolvimento mental, principalmente entre os mais jovens, que são os mais vulneráveis a essa exposição.


O que é Brainrot?

O termo “brainrot” combina as palavras "brain" (cérebro) e "rot" (apodrecer), referindo-se à degradação cognitiva resultante do consumo excessivo de conteúdos de baixa qualidade. 


Inicialmente usado de forma descontraída em fóruns online, o termo ganhou força em 2007, quando internautas começaram a observar os efeitos nocivos desse tipo de conteúdo. 


Hoje, brainrot vai além de uma piada da internet; especialistas reconhecem sua relação com distúrbios cognitivos e emocionais, principalmente entre crianças, adolescentes e jovens adultos.


Com o acesso ilimitado a plataformas como TikTok, Instagram e YouTube, o público jovem é bombardeado com vídeos curtos e superficiais. O problema é que, apesar de parecer inofensivo, esse tipo de conteúdo pode afetar drasticamente a capacidade de concentração, pensamento crítico e criatividade.


A Geração Mais Afetada

Adolescentes e crianças são os mais impactados pelo brainrot, já que muitos crescem com um tablet nas mãos e passam horas assistindo a vídeos de curta duração, como "challenges" e "memes". 


Gisele Hedler, especialista em comportamento humano, alerta que o bombardeio constante de estímulos rápidos e repetitivos reduz a capacidade de concentração e impede o desenvolvimento do pensamento crítico.

  • Diminuição da capacidade de concentração: Crianças e adolescentes já apresentam dificuldade em focar por muitas horas, e o consumo contínuo de conteúdo superficial só piora a situação.

  • Redução do pensamento crítico: A constante exposição a informações rápidas e sem profundidade impede o desenvolvimento da habilidade de pensar e questionar de forma mais analítica.

  • Impacto na criatividade: O conteúdo repetitivo e pouco estimulante pode limitar a capacidade de inovação e solução de problemas.


Origem e Expansão do Termo

A primeira menção ao termo "brainrot" surgiu em 2007, em fóruns da internet, e foi se popularizando entre usuários de redes sociais que, de forma irônica, discutiam como o consumo de memes e vídeos de baixa qualidade estava "apodrecendo seus cérebros".


Porém, o que começou como uma brincadeira, evoluiu para uma preocupação real entre pesquisadores, que passaram a estudar como o excesso de estímulos digitais afeta o desenvolvimento cognitivo. 


O Digital Wellness Lab, por exemplo, investiga como o uso excessivo das mídias sociais impacta a saúde mental e propõe soluções para um consumo mais consciente.


Consequências do Brainrot

Apesar de ainda não ser oficialmente classificado como um distúrbio clínico, o impacto do brainrot já está sendo estudado por centros como o Newport Institute, que trata jovens com dependência digital. 

As consequências mais comuns associadas ao uso excessivo de redes sociais incluem:


  • Saúde Mental: A sobrecarga de estímulos pode agravar quadros de ansiedade, depressão e estresse.

  • Desenvolvimento Cognitivo: O consumo contínuo de conteúdo fútil pode prejudicar o desenvolvimento das funções cerebrais em crianças e adolescentes.

  • Interações Sociais: A dependência de redes sociais pode levar ao isolamento e à dificuldade de manter interações sociais no mundo real.


A boa notícia é que o brainrot pode ser evitado com a adoção de práticas simples para controlar o consumo de conteúdo nas redes sociais. 

A seguir listamos algumas recomendações:

  1. Estabeleça limites de tempo: Aplicativos de controle de uso ajudam a monitorar o tempo gasto nas redes sociais, incentivando pausas regulares.

  2. Priorize conteúdos de qualidade: Substitua vídeos curtos e superficiais por materiais educacionais, como documentários e podcasts informativos.

  3. Desenvolva novos hobbies: Envolver-se em atividades que estimulam a criatividade, como esportes, leitura ou arte, pode reverter os efeitos negativos do brainrot.

  4. Pratique mindfulness: A meditação e técnicas de atenção plena podem melhorar a capacidade de concentração e foco.

  5. Crie rotinas sem distrações: Ao eliminar o uso de dispositivos eletrônicos durante atividades importantes, você consegue evitar o consumo passivo de conteúdo.

    Leia mais sobre mindfulness aqui.


Como a Terapia Pode Ajudar?





Se o excesso de redes sociais já está afetando sua concentração e saúde mental, a terapia pode ser uma excelente solução. 

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Ajuda a identificar e mudar comportamentos prejudiciais, como o uso exagerado de redes sociais, promovendo hábitos mais saudáveis.

  • Terapia Familiar: Ajuda famílias a estabelecer limites e criar uma relação mais saudável com a tecnologia, principalmente em crianças e adolescentes.

  • Digital Detox: É um tratamento que planeja pausas guiadas no uso de dispositivos digitais. O resultado é uma "desintoxicação" mental, além de melhorar a qualidade do sono, foco e relações sociais.

Com a terapia, você pode desenvolver novos hábitos que protegem sua mente e melhoram sua qualidade de vida.


O Futuro da Saúde Cognitiva

Com o avanço da tecnologia e a onipresença das redes sociais, é cada vez mais urgente discutir o impacto do consumo digital em nossa saúde mental. 


O brainrot é um sinal de alerta, especialmente para pais e educadores, sobre a importância de monitorar o que jovens estão consumindo online. O futuro da saúde cognitiva depende da criação de hábitos digitais saudáveis e de uma educação mais crítica em relação às mídias. Se você ou alguém que conhece está passando muito tempo nas redes sociais e percebe uma queda na capacidade de concentração ou criatividade, talvez seja hora de repensar como a tecnologia está sendo usada. 


O caminho para uma mente saudável começa com pequenas mudanças, e você não precisa gastar horas ou dinheiro para começar agora.


Agende uma consulta e descubra como proteger sua mente dos efeitos do excesso digital. Não espere sua concentração e criatividade se esgotarem — comece agora a ter uma vida mais saudável e equilibrada.



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