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TDPM x TPM: Diferenças, Sintomas e Tratamentos do Transtorno Disfórico Pré-Menstrual

  • Foto do escritor: Rochelle Affonso Marquetto
    Rochelle Affonso Marquetto
  • há 20 horas
  • 4 min de leitura
tdpm

Você já ouviu falar em TDPM? Talvez você conviva com isso há anos e nem saiba.

O Transtorno Disfórico Pré-Menstrual é bem mais comum do que parece e afeta uma alta parcela de mulheres em idade fértil. Ela vai muito além daquela TPM que a gente costuma "dar um jeitinho" com um chocolate ou um cochilo.


O TDPM não se limita a um incômodo físico ou uma irritação pontual. Ele prejudica o emocional de forma intensa e recorrente. 


Nesse período, a progesterona e o estrogênio oscilam bastante e, em algumas mulheres, esse processo afeta a produção de serotonina, um dos hormônios do bem-estar. 


O resultado? Ansiedade fora de hora, tristeza sem motivo, raiva que parece vir do nada, vontade de se isolar. É como se o corpo e a mente não fossem mais seus, mesmo que por alguns dias. E isso se repete, mês após mês.


Leia o artigo completo para se aprofundar nesse assunto.


Antes de tudo: entenda a fase lútea e os impactos hormonais:


O TDPM ocorre durante a fase lútea do ciclo menstrual, que vai da ovulação até o início da menstruação. É nesse período que os hormônios atingem picos e quedas que, em mulheres com predisposição ao TDPM, causam um verdadeiro caos emocional.


Essa fase é marcada por sintomas que podem durar entre 7 e 10 dias todos os meses.


TDPM e TPM: qual é a diferença?


Sintomas comuns da TPM:


A TPM, apesar de incômoda, é geralmente leve e controlável. Entre os sintomas mais comuns estão:


  • Inchaço e dor nos seios

  • Cólica moderada

  • Irritabilidade pontual

  • Vontade de comer doces ou carboidratos

  • Cansaço leve

  • Sensibilidade emocional

  • Mau humor que melhora com descanso ou alimentação


Esses sintomas não costumam afetar gravemente a rotina e desaparecem com algumas horas de sono, autocuidado ou analgésicos simples.


Sintomas do TDPM:


No TDPM, os sintomas são bem mais intensos e muitas vezes incapacitantes. Além disso, para ser diagnosticado com TDPM, é necessário apresentar pelo menos cinco dos seguintes sintomas (sendo pelo menos um emocional):


  • Crises de ansiedade com aperto no peito

  • Tristeza profunda e choro fácil

  • Raiva exagerada até com pessoas próximas

  • Sensação de estar sobrecarregada e sem controle

  • Forte cansaço e falta de concentração

  • Vontade de se isolar ou desaparecer

  • Pensamentos negativos, incluindo culpa e fracasso

  • Alterações no sono (insônia ou sono excessivo)

  • Instabilidade emocional ou choro fácil

  • Diminuição do interesse por atividades usuais

  • Sintomas físicos como dor nos seios, cefaleia, inchaço

  • Em casos graves, pensamentos autodestrutivos (como suicídio)


Esses sintomas ocorrem de forma cíclica e previsível: sempre nos mesmos dias antes da menstruação, e desaparecem no início do sangramento.


Como saber se você tem TDPM?


Perguntas para autoavaliação:


Você pode estar lidando com o TDPM se responder “sim” para a maioria dessas perguntas:


  • Seus sintomas aparecem de forma cíclica, antes da menstruação?

  • Eles interferem em sua vida profissional, familiar ou social?

  • Você sente como se fosse uma “outra pessoa” nesse período?

  • Já teve vontade de sumir ou se afastar de tudo sem motivo claro?

  • Seus sintomas desaparecem poucos dias após a menstruação começar?


Saiba que a principal característica do TDPM é sua natureza cíclica. 

Portanto, essa diferenciação é essencial para não confundir com quadros como depressão ou transtornos de ansiedade que permanecem ao longo de todo o mês.


Diagnóstico do TDPM feito por profissionais de saúde


Avaliação médica e diário de sintomas


O diagnóstico de TDPM deve ser feito por ginecologistas, psiquiatras ou psicólogos. Os profissionais farão uma avaliação detalhada do seu histórico emocional e do seu ciclo menstrual.

Também é recomendado:

  • Manter um diário de sintomas por 2 a 3 ciclos

  • Utilizar aplicativos como Flo, Clue ou Meum


Exclusão de diagnósticos semelhantes


O médico pode pedir exames para excluir:

  • Depressão maior

  • Transtorno de ansiedade generalizada

  • Transtorno de personalidade borderline

  • Disfunções hormonais como problemas de tireoide

Confirmação clínica do TDPM


A confirmação se baseia nos critérios do DSM-5 (Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais) e/ou da CID-11 (Classificação Internacional de Doenças).


Tratamento para TDPM: Opções médicas e terapêuticas


  1. Anticoncepcionais hormonais e estabilização


Alguns anticoncepcionais podem aliviar os sintomas ao inibir a ovulação. Os mais indicados incluem etinilestradiol com drospirenona. Mas sempre sob orientação médica.


  1. Antidepressivos no controle emocional


Medicamentos inibidores de recaptação de serotonina (ISRS) são frequentemente usados. A boa notícia é que muitos médicos indicam o uso apenas nos 10 dias que antecedem a menstruação.


  1. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)


A TCC ajuda a reconhecer padrões de pensamento negativos e a desenvolver novas estratégias de enfrentamento. Isso é essencial para lidar melhor com os sintomas emocionais intensos do TDPM.


  1. Alimentação ideal para quem tem TDPM


Inclua:

  • Vegetais escuros (ricos em magnésio)

  • Frutas cítricas (vitamina C)

  • Peixes ricos em ômega-3

  • Sementes, grãos integrais e castanhas


Evite:

  • Açúcar refinado

  • Cafeína em excesso

  • Embutidos e alimentos ultraprocessados

Manter uma dieta anti-inflamatória pode reduzir drasticamente os sintomas.


Suplementos naturais que ajudam no controle emocional


Sob orientação médica, vale considerar:

  • Magnésio: alivia irritabilidade

  • Vitamina B6: regula o humor

  • Vitamina D: fortalece a imunidade e bem-estar

  • Triptofano: ajuda na produção de serotonina


Exercícios físicos que aliviam sintomas


Atividades como caminhada, yoga, dança ou ciclismo ajudam a liberar serotonina e endorfina, hormônios que auxiliam no bem-estar geral.


Hábitos de sono e qualidade do descanso


Dormir bem é crucial. Dicas:

  • Evite telas à noite

  • Mantenha rotina de sono regular

  • Crie um ambiente escuro e silencioso

  • Use chás calmantes como camomila ou lavanda


Curiosidades e dados importantes sobre o TDPM


  • Estima-se que entre 5% a 8% das mulheres em idade fértil sofram com o TDPM.

  • Muitas descobrem após a maternidade

  • Não tem relação com fraqueza ou perfil psicológico


O TDPM não é exagero, não é frescura, e muito menos drama. É um distúrbio que merece acolhimento, tratamento e, acima de tudo, respeito.


Procure ajuda e comece o tratamento do TDPM


Você não precisa viver nesse ciclo mensal de sofrimento. Com acompanhamento especializado, é possível recuperar sua energia, equilíbrio emocional e qualidade de vida. Quer saber se você tem TDPM? Agende agora sua consulta com um especialista em saúde mental feminina.


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