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Depressão e Insônia: Qual a Relação e o Que Fazer para Superar?

Foto do escritor: Rochelle Affonso MarquettoRochelle Affonso Marquetto

depressão e insônia

Uma conexão invisível que pode mudar tudo: entenda como a depressão e a insônia se relacionam.


Você sabia que cerca de 80% das pessoas com depressão apresentam alterações no sono? A insônia, além de ser um sintoma comum, pode ser causa e agravante da depressão. 


Mas como entender essa relação, reconhecer os sinais e buscar soluções para o problema? Vamos explicar cada detalhe para que você compreenda e supere esse desafio com clareza.


O que é depressão e insônia?


A depressão é um distúrbio de saúde mental caracterizado por sintomas como tristeza contínua, falta de energia, desinteresse e alterações no apetite ou sono


Já a insônia é a dificuldade em iniciar ou manter um bom sono. Ela pode se manifestar de diferentes formas:


  • Insônia inicial: dificuldade para pegar no sono.

  • Insônia intermediária: despertares frequentes durante a noite.

  • Insônia terminal: acordar muito cedo e não conseguir voltar a dormir.


Como a Depressão se Relaciona com a Insônia?


A insônia não é só um sintoma da depressão; ela pode ser um importante preditor do desenvolvimento de sintomas depressivos. 


Por outro lado, a depressão costuma causar insônia devido a fatores como:


  • Disfunções cerebrais que afetam neurotransmissores ligados ao sono, como a serotonina.

  • Estresse e ansiedade, que dificultam o relaxamento necessário para dormir.

  • Impacto emocional, que mantém a mente ativa e preocupada.


Se não tratada, essa relação cria um ciclo vicioso: a insônia piora a saúde mental, enquanto a depressão agrava a qualidade do sono.


Doenças e outros transtornos relacionados à insônia


Além da depressão, outros fatores podem causar insônia, como:


  • Ansiedade: o excesso de preocupações que aumenta o estado de alerta.

  • Apneia do sono: pausas na respiração que interrompem o sono.

  • Síndrome das pernas inquietas: desconforto nas pernas que dificulta o descanso.

  • Distúrbios hormonais, como no caso da menopausa.


Insônia terminal e a depressão


A insônia terminal, por exemplo, é muito comum em pessoas com depressão. Imagine acordar às 4h da manhã, sentir-se exausto e incapaz de voltar a dormir. Esse tipo de insônia costuma estar ligada à falta de esperança e à baixa energia, sintomas clássicos da depressão.


Sintomas comuns e como diferenciá-los


Insônia:


  • Dificuldade para adormecer ou manter o sono.

  • Vários despertares durante a noite.

  • Acordar muito cedo e não conseguir voltar a dormir.

  • Sono não reparador, sensação de cansaço mesmo após dormir.

  • Fadiga e baixa energia durante o dia.

  • Irritação e mudanças no humor.

  • Dificuldade de concentração e problemas de memória.


Depressão:


  • Sentimento de tristeza, vazio ou falta de esperança.

  • Perda de interesse ou prazer em atividades que gosta.

  • Alteração no apetite, podendo causar ganho ou perda de peso.

  • Insônia ou hipersonia (dormir demais).

  • Sensação de cansaço ou falta de energia durante o dia.

  • Sentimento de culpa ou inutilidade.

  • Dificuldade em se concentrar, tomar decisões ou lembrar coisas.

  • Pensamentos de morte, suicídio ou autolesão.


Como diferenciar:


A insônia geralmente está isolada em questões relacionadas ao sono e suas consequências diurnas, como cansaço e irritabilidade.


Já a depressão inclui alterações de humor, comportamento e apetite, além de problemas no sono. Quando a dificuldade para dormir vem acompanhada de sentimentos de tristeza ou perda de interesse em atividades, é provável que a insônia seja um sintoma da depressão.


Portanto, é preciso ter cuidado! A insônia não deve ser ignorada, pois pode agravar ou até mesmo levar à depressão.


Diagnóstico e tratamento


Diagnosticar insônia associada à depressão exige atenção a ambos os problemas.

Para isso, um psiquiatra ou médico especializado avaliará seu histórico clínico e poderá realizar testes específicos para identificar a causa.


Tipos de Avaliação e Testes Comuns:


  • Entrevista clínica: O médico faz perguntas detalhadas sobre o seu sono, humor, rotina e saúde geral. Ele procura entender como esses problemas começaram e como afetam sua vida.

  • Diário do sono: Você pode ser solicitado a registrar seus horários de dormir, acordar, e os despertares noturnos durante uma ou duas semanas. Isso ajuda a identificar padrões e fatores que afetam seu sono.

  • Questionários específicos: Ferramentas como o Inventário de Depressão de Beck ou o Índice de Gravidade da Insônia ajudam a avaliar a gravidade dos sintomas.

  • Polissonografia: Um exame realizado em laboratório do sono, onde sensores monitoram seu corpo durante a noite, incluindo respiração, batimentos cardíacos, e movimentos. Isso é indicado em casos mais complexos.

  • Actigrafia: Um pequeno dispositivo usado no pulso, parecido com um relógio, que monitora seus padrões de atividade e descanso por alguns dias.


Como você pode se observar em casa:


  1. Repare se você acorda cansado, mesmo depois de várias horas de sono. Talvez seu sono não esteja sendo reparador.

  2. Note se você tem dificuldade para pegar no sono ou se acorda várias vezes durante a noite, sem motivo aparente.

  3. Veja se está acordando muito cedo e não consegue voltar a dormir, mesmo querendo descansar mais.

  4. Pergunte a si mesmo: "Tenho me sentido mais triste, irritado ou ansioso ultimamente?"

  5. Observe se essas emoções ficam mais intensas durante a noite, e se dificultam o relaxamento e o sono.

  6. Perceba se você está se preocupando demais com muitos problemas.

  7. Repare se você tem exagerado na comida ou se tem comido muito pouco, e se isso está causando muitas mudanças no seu peso.

  8. Veja se sente fraqueza ou falta de energia para tarefas que antes pareciam fáceis.

  9. Pergunte-se: "Sinto que estou esgotado, mesmo sem ter feito tanto esforço físico?"

  10. Veja se tarefas simples, como ler um texto ou organizar algo no trabalho, estão demorando mais que o normal.

  11. Veja se você está esquecendo coisas com frequência, como compromissos ou detalhes importantes.

  12. Avalie se está com dificuldade de tomar decisões ou manter o foco.

  13. Pergunte-se: "Eu fico adiando coisas ou evitando situações porque me sinto desconfortável?"

  14. Veja se seu rendimento no trabalho ou estudo diminuiu por conta de cansaço ou da falta de motivação.


Por que essas observações são importantes?


Esses sinais podem ser excelentes pistas para entender como sua mente e corpo estão funcionando. Se você identificar muitos desses sintomas, principalmente por várias semanas, o melhor é buscar ajuda profissional.

Saiba que, quanto mais cedo você agir, mais rápido poderá ter sua qualidade de vida de volta.


Tratamentos para Depressão e Insônia



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  1. Terapia Medicamentosa


A terapia medicamentosa é uma das primeiras opções para tratar casos de depressão associada à insônia. 


O objetivo é restaurar o equilíbrio químico no cérebro e melhorar a qualidade do sono.

Nesse caso, podem ser prescritos antidepressivos com efeito sedativo, medicamentos específicos para insônia ou ansiolíticos.


  1. Terapias Psicológicas


A terapia é uma excelente forma de tratar depressão e insônia, pois aborda as causas psicológicas por trás dos sintomas. Veja alguns exemplos:


  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC):

Muito recomendada para ambos os transtornos, a TCC ajuda a identificar e modificar pensamentos que prejudicam o sono e a saúde emocional.


No caso da insônia, a técnica conhecida como TCC-I (específica para insônia) trabalha na criação de hábitos saudáveis de sono e na eliminação de pensamentos que geram ansiedade na hora de dormir. Para depressão, a ela ajuda a substituir padrões de pensamento autodestrutivos por pensamentos melhores e mais realistas.


  • Terapia Interpessoal:

Indicada para pessoas cuja depressão está ligada a problemas de relacionamento, conflitos familiares ou perdas emocionais. Essa modalidade trabalha no fortalecimento de vínculos e na construção de suporte emocional.


  • Terapia de Relaxamento e Mindfulness:

Técnicas como meditação guiada, exercícios de respiração e relaxamento muscular progressivo são ótimas para reduzir a ansiedade e facilitar o sono.


  1. Mudanças no Estilo de Vida


Pode parecer pouco, mas a verdade é que até pequenas alterações na rotina podem ter um grande impacto na melhora da qualidade do sono e do humor.


Veja algumas dicas:


Estabeleça horários regulares de sono:


  • Procure dormir e acordar sempre nos mesmos horários para regular o relógio biológico.

  • Evitar cochilos longos durante o dia também favorece um sono noturno mais profundo.


Crie uma rotina relaxante antes de dormir:


  • Atividades como leitura, ouvir música tranquila, meditação ou tomar um banho quente são excelentes para desacelerar a mente e preparar o corpo para o descanso.

  • Evitar o uso de telas (como celulares e computadores) nas horas que antecedem o sono é fundamental, já que a luz azul interfere na produção de melatonina.


Cuide do seu ambiente de sono:


  • O quarto deve ser escuro, silencioso e com uma temperatura confortável.

  • Invista em um colchão e travesseiro adequados, pois um local confortável ajuda a reduzir as interrupções no sono.


Pratique exercícios físicos:


  • Caminhada, yoga, natação ou qualquer outra atividade física que você goste são fundamentais no controle da ansiedade e depressão.

  • Evite exercícios muito intensos à noite, pois eles podem deixar o corpo em estado de alerta.


Dieta equilibrada:


  • Reduza o consumo de cafeína e álcool, principalmente no período da noite.

  • Consuma alimentos ricos em triptofano (como banana, aveia e nozes) para ajudar na produção de serotonina, hormônio que ajuda a relaxar.


Concluindo


Depressão e insônia podem criar um ciclo destrutivo, onde um problema agrava o outro. Quanto mais tempo esse ciclo persiste, maior o risco de prejuízos à sua saúde física, mental e emocional.


Sem tratamento, você pode enfrentar:


  • Queda no desempenho no trabalho ou nos estudos.

  • Problema nos relacionamentos devido à irritação e ao afastamento emocional.

  • Problemas de saúde crônicos, como doenças cardíacas, pressão alta e enfraquecimento do sistema imunológico.

  • Aumento do risco de ansiedade, crises de pânico e até pensamentos suicidas.


O que começa como noites mal dormidas e sentimentos de tristeza pode se tornar algo maior e difícil de reverter. Mas a boa notícia é que existe solução, como as que mencionamos aqui. Não espere até que o problema se torne insustentável. Você merece voltar a dormir uma bela noite de sono com tranquilidade e viver com mas alegria e qualidade de vida.


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