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Efeitos da pandemia: Saúde mental e COVID-19

Entenda os impactos da pandemia na saúde mental das pessoas através de dados que comprovam o aumento de casos desde a expansão do vírus.


Inúmeras incertezas surgiram neste período de quarentena: o medo do vírus e do desconhecido, o isolamento diário, as dúvidas que aparecem quanto ao futuro e às dificuldades financeiras.


Tudo isso pode levar a outro tipo de epidemia que deve ser observada com total atenção, a epidemia da saúde mental.


No artigo de hoje vamos te trazer um parâmetro geral sobre dados preocupantes envolvendo o coronavírus e saúde mental, além de exemplos na prática, que mostram o aumento de casos envolvendo profissionais da saúde e pessoas com e sem o diagnóstico de covid-19.


Vamos lá?


Relações entre saúde mental e covid-19


No dia 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS), foi notificada da ocorrência de casos desconhecidos de doença respiratória na cidade de Wuhan, província de Hubei, China. Logo depois, em fevereiro, a OMS emitiu um decreto de Emergência de Saúde Pública Internacional para COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Devido à rápida disseminação do vírus, para mais de 200 países, em 11 de março de 2020, a OMS qualificou o COVID-19 como uma pandemia, estabelecendo várias medidas de vigilância e controle de contágio. Incluía principalmente o isolamento (manter pessoas vulneráveis e infectadas longe de outras pessoas), quarentena (separar e restringir o movimento de pessoas que foram expostas ao covid-19).



Estas medidas, foram gatilhos para aparecimento de transtornos de humor, como por exemplo a depressão e ansiedade. Questões como a duração da quarentena, medo de infecção, tédio, carência de suprimentos e falta de informação aliadas às perdas financeiras foram pontos chave para o desenvolvimento desta doença e de outras relacionadas à saúde mental.


Podemos citar aqui uma pesquisa de Xiao Liehui (China), pesquisador-chefe do Hospital de Shenzhen da Southern Medical University, que aponta que após o surto de COVID-19 a prevalência de depressão, ansiedade, sintomas somáticos (dor de cabeça, resfriados frequentes, gastrite, dores no corpo sem causa aparente, ganho de peso, acometimento da pele por processos alérgicos entre outros) e ideação auto lesiva aumentou expressivamente entre profissionais da área da saúde.


Gênero, status ocupacional, status marital e condição socioeconômica apareceram como exemplos de fatores de risco significativos, indicando que tanto mulheres quanto profissionais de saúde, especialmente enfermeiros (as) e as pessoas solteiras estão entre aqueles que relatam maiores taxas de ansiedade e sintomas depressivos.


Relações entre sintomas psiquiátricos e COVID-19


Na mesma pesquisa, relatada por Xiao Liehui, pessoas que possuem condições psiquiátricas preexistentes (por exemplo, transtornos de humor e ansiedade, transtornos obsessivo-compulsivos ou problemas de uso de substâncias) também estão em maior risco de desenvolver recorrências ou piora significativa dos sintomas pré-existentes. Por exemplo, indivíduos com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) podem se descontrolar a ponto de desenvolverem condições dermatológicas graves, estresse crônico, insônia e aumentar o risco de suicídio.


Por outra parte, pesquisadores Maxime e Sierra, apontam que os indivíduos com transtornos de ansiedade generalizada são mais propensos a interpretar erroneamente informações relacionadas à pandemia (por exemplo, notícias e mídia social), bem como perceber de forma alterada sintomas corporais e sentimentos inofensivos, considerando-os como evidências de estar infectados por coronavirus, aumentando sua ansiedade e angústia.


Em um estudo baseado em 908 casos do UK Biobank, se descobriu que sintomas auto-relatados de doença mental foram associados a um risco aumentado de hospitalização por COVID-19. Além disso, um estudo caso-controle baseado em registros eletrônicos de saúde de 843 pacientes com COVID-19, encontrou que depressão, ansiedade e quadros de demência podem aumentar as chances de serem diagnosticados no contexto de COVID-19.


Um estudo mais recente de agosto de 2020 apontou que de um total de 62.354 pacientes com diagnóstico de COVID-19, cerca de 5,8% (3617 indivíduos) estavam com risco aumentado de desenvolver transtornos psiquiátricos.


De acordo com o portal Uol, em uma pesquisa da Universidade de Oxford, um em cada 16 pacientes infectados por covid-19 desenvolve algum transtorno mental dentro de três meses. Neste estudo, foram analisadas cerca de 62 mil pessoas que tiveram diagnóstico positivo para o coronavírus. Na mesma pesquisa, pacientes sem um histórico psiquiátrico prévio a covid-19, tiveram uma maior incidência de ansiedade, depressão e insônia.


Viu por que ambos (saúde mental e coronavirus) andam juntos nesta pandemia ?


Alguns destes dados foram produtos de uma revisão fornecidos pela médica psiquiatra aqui da Clínica Pontual, Sayra Catalina Coral.


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