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Autismo Regressivo: Entenda o Que É, Quais os Sintomas e Como Tratar

  • Foto do escritor: Rochelle Affonso Marquetto
    Rochelle Affonso Marquetto
  • há 2 dias
  • 4 min de leitura

autismo regressivo

Você já ouviu falar em autismo regressivo? Talvez esse termo tenha surgido em alguma consulta médica, em uma conversa com outros pais, ou até mesmo em uma busca rápida na internet. 


E, ao se deparar com ele, pode ter surgido uma angústia: "O que significa? É comum? Existe tratamento?"


Pois bem, hoje vamos conversar sobre esse tema com a profundidade e o cuidado que ele merece. Afinal, entender o que está acontecendo com uma criança é o melhor caminho para agir com mais confiança e direcionamento.


O que é Autismo Regressivo?


O autismo regressivo, que geralmente se manifesta entre 1 e 3 anos de idade, é considerado uma das variantes mais complexas do Transtorno do Espectro Autista (TEA), conforme critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). 


Esse termo é utilizado quando uma criança, que aparentemente estava se desenvolvendo de forma típica nos primeiros anos de vida, começa a perder habilidades já adquiridas, especialmente em áreas como fala, contato visual e interação social.


O desenvolvimento segue um caminho considerado normal até determinado ponto – mas, então, algo muda. 


Por exemplo:

  • A criança que já falava algumas palavras deixa de se comunicar verbalmente.

  • Aquela que mantinha contato visual passa a evitá-lo.

  • A que brincava com os pais começa a se isolar e a perder interesse em interações sociais.


Essa perda abrupta de habilidades torna o autismo regressivo uma das formas mais desafiadoras do TEA, exigindo atenção e intervenção especializada para auxiliar a criança e sua família


Esse fenômeno é considerado uma subcategoria dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Não é uma nova doença, mas sim uma forma de manifestação do autismo, com início após uma fase inicial aparentemente típica.


Por Que Isso Acontece?


Essa é uma das perguntas mais difíceis e que ainda não tem uma resposta definitiva. A ciência ainda está estudando as causas do autismo regressivo, e diversos fatores estão sendo investigados.


Por exemplo: 

  • Fatores Genéticos

  • Neurológicos

  • Metabólicos

  • Imunológicos; e

  • Ambientais estão entre as possibilidades. 


Contudo, não há uma única explicação, e cada caso precisa ser analisado com cuidado por uma equipe multidisciplinar.


Por isso, é importante não buscar culpados. Em vez disso, o foco deve estar em observar, diagnosticar precocemente e intervir com as estratégias mais adequadas para cada criança.


Quais São os Sintomas do Autismo Regressivo?


Os sintomas podem variar bastante, mas alguns sinais costumam chamar atenção. E, como sempre afirmamos: prestar atenção aos detalhes do comportamento da criança é um ato de cuidado profundo.


Veja alguns exemplos comuns:


  • Perda de linguagem: a criança para de usar palavras que já sabia.

  • Isolamento social: ela deixa de interagir, evita o contato visual e parece "no seu próprio mundo".

  • Redução de interesse por brincadeiras: atividades que antes despertavam alegria deixam de chamar atenção.

  • Comportamentos repetitivos: movimentos como balançar o corpo ou bater as mãos de forma repetitiva começam a aparecer.

  • Dificuldades sensoriais: sons, texturas e luzes podem começar a incomodar mais.


Entretanto, esses sinais nem sempre aparecem de forma brusca. Em muitos casos, a regressão é gradual, o que pode gerar dúvidas e atrasar o diagnóstico.


Como Diferenciar o Autismo Regressivo de Outras Condições?


É fundamental lembrar que nem toda perda de habilidades significa autismo regressivo. 

Infecções, traumas emocionais, condições neurológicas e até déficits auditivos podem causar alterações semelhantes.


Assim sendo, é essencial buscar uma avaliação completa com especialistas: neuropediatra, psicólogo, psiquiatra infantil e fonoaudiólogo. 


O diagnóstico correto é o que vai guiar as melhores intervenções.


Existe Tratamento para Autismo Regressivo?


Sim! E quanto mais cedo for iniciado, maiores são as chances de desenvolvimento e qualidade de vida para a criança.


Por isso, o tratamento precisa ser:


  1. Multidisciplinar

Porque o autismo afeta diversas áreas, é necessário um time que atue de forma integrada:


  • Fonoaudiólogos trabalham a linguagem e a comunicação.

  • Terapeutas ocupacionais ajudam na coordenação motora e autonomia.

  • Psicólogos fortalecem o vínculo social e emocional.

  • Psicopedagogos apoiam a aprendizagem.

  • Médicos fazem o acompanhamento clínico e medicamentoso, quando necessário.


  1. Individualizado

Cada criança é única. Portanto, o plano terapêutico precisa ser adaptado ao ritmo, às necessidades e às preferências dela.


  1. Envolvendo a família


O apoio e o envolvimento dos pais são cruciais. Não só nas sessões, mas também no dia a dia. Por exemplo: estabelecer uma rotina estruturada, reforçar comportamentos positivos e estimular a comunicação mesmo nas pequenas interações.


Estratégias Práticas para o Dia a Dia


Você deve estar se perguntando: “O que eu posso fazer em casa para ajudar meu filho?” Aqui vão algumas dicas aplicáveis e que fazem toda a diferença:


  • Crie rotinas previsíveis: isso traz segurança e organização para a criança.

  • Use imagens para se comunicar: quadros com figuras ajudam a criança a entender o que vai acontecer, o que diminui a ansiedade.

  • Valorize pequenas conquistas da criança: cada passo importa, por menor que pareça.

  • Evite sobrecarga sensorial: reduza estímulos excessivos de luz, barulho e movimento.

  • Seja paciente e afetuoso: mesmo que a resposta demore, o afeto sempre deixa marcas positivas.


E o Prognóstico? A Criança Pode Recuperar Habilidades?


Sim, é possível. Embora cada caso seja diferente, muitas crianças com autismo regressivo recuperam parte das habilidades perdidas, principalmente com intervenções intensivas e adequadas.


Entretanto, é preciso ter expectativas realistas. O progresso pode ser lento, e os desafios persistem. Mas, com apoio contínuo, muitos conseguem desenvolver comunicação funcional, melhorar o comportamento social e alcançar maior autonomia.


Reflexão Final:


O desconhecimento sobre o autismo regressivo ainda é um grande inimigo. Muitos pais se sentem culpados ou perdidos quando percebem a regressão nos filhos. Outros demoram para buscar ajuda, esperando que seja apenas uma fase.


Por isso, precisamos falar sobre assunto com mais clareza, empatia e responsabilidade.

Se você está vivendo algo semelhante, saiba que não está sozinho. A informação é nossa melhor aliada. Ela acalma, orienta e fortalece.


Em resumo, o autismo regressivo pode assustar num primeiro momento, mas também pode ser compreendido e enfrentado com muito amor, estratégia e conhecimento. E, acima de tudo, com esperança. Se este conteúdo te ajudou, compartilhe com quem também pode precisar dessa informação. 💜


Agende agora mesmo uma consulta com nossos especialistas e receba o suporte que você e sua família merecem para enfrentar o autismo regressivo com mais confiança e acolhimento.


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