Entenda as relações entre câncer de mama, depressão e ansiedade através de dados apontados em parâmetros mundiais
O Outubro Rosa é considerado o mês de conscientização do cuidado e prevenção do câncer de mama, ressaltando a importância do autocuidado e tratamento, e, principalmente, atentando para o diálogo com a relação ao tratamento de transtornos mentais para enfrentar todo o processo que virá após o diagnóstico da doença.
Sabemos que receber o diagnóstico do câncer tem um impacto enorme na vida do paciente!
Um estudo do Observatório de Oncologia mostrou que a chance de um paciente com câncer desenvolver depressão varia de 22% a 29%. Em relação ao câncer de mama, o estudo aponta uma chance de 10% a 25% de chances de ter algum transtorno.
É sobre essa relação que iremos falar hoje!
Vamos lá?
Relação entre diagnóstico e depressão
O diagnóstico do câncer provoca na vida do paciente um turbilhão de emoções. Por isso, pode acarretar episódios de ansiedade, medo e até mesmo de dúvidas. É por essa razão que a depressão pode sim aparecer em alguns pacientes durante a fase de tratamento.
Segundo dados da OMS, o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas do mundo. São cerca de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população convivendo com este transtorno).
Levando em conta a depressão, ainda de acordo com a OMS, pelo menos 350 milhões de pessoas sofrem deste mal no mundo. No Brasil, os dados são ainda mais alarmantes, segundo um levantamento nacional da Universidade Federal de São Paulo, um terço da população brasileira apresenta sintomas de depressão.
Somos o país com maior número de casos na América Latina, com cerca de 12 milhões de pessoas sofrendo desse mal por aqui.
Fonte: Arquivo Canva
De acordo com a Associação Câncer Boca e Garganta, quando o paciente descobre um câncer, é necessário reconquistar uma postura positiva e confiante. Isso demanda tratamento psiquiátrico e terapêutico para acompanhamento.
Segundo o site Grupo Reviver, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no mundo. São cerca de 28% de casos novos a cada ano. Ele pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos aumentando as chances de cura. Por isso os exames rotineiros são tão importantes.
Redução do rastreamento mamográfico no Brasil
Com o avanço do coronavírus, muitas mulheres deixaram de realizar o rastreamento mamográfico. De acordo com o site Sbmastologia, as mamografias realizadas pelo SUS, caíram entre janeiro e julho deste ano em comparação com anos anteriores. Ainda segundo eles, a redução foi de 45% das mamografias realizadas pelo SUS nos sete primeiros meses de 2020.
Esta redução pode trazer prejuízos graves para mulheres de 50 a 69 anos com possibilidade do aumento do tumor e menor chance de cura e prolongamento de vida.
Fotos: Pixabay
O site ainda esclarece que existem algumas causas que podem explicar o baixo número de mamografias, são elas:
-Dificuldade das mulheres de receberem o pedido para o exame no primeiro atendimento, ainda no posto de saúde;
- Falta de qualificação dos profissionais do pronto-atendimento, que muitas vezes as encaminham para lugares distantes de suas residências;
- Dificuldade de deslocamento (quando precisam realizar o exame longe de suas residências);
- Mamógrafos quebrados ou em manutenção; e a falta de técnicos habilitados para manusear o equipamento.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, o rastreamento mamográfico tem sido o melhor método para detectar tumores precoces e reduzir a mortalidade por câncer de mama.
O Ministério da Saúde afirma que a pandemia do covid-19 é o fator principal para a diminuição da procura de exames, mesmo que as unidades de saúde tenham mantido seus atendimentos normais durante esse período.
Movimento Quanto antes, melhor
Neste ano de 2020 a SBM lançou o movimento "Quanto antes melhor", que traz como fator principal a importância da conscientização sobre o câncer de mama, incentivando a adoção de estilo de vida mais saudável, como por exemplo, a prática de atividade física e boa alimentação.
Estes hábitos são importantes tanto para a saúde física quanto para a saúde mental. Vale lembrar que o acompanhamento e a realização da mamografia anual a partir dos 40 anos é essencial.
Foto: Arquivo canva
Para obter uma visão mais concisa conversamos com a Dra. Sayra Catalina Coral Castro, Médica com Especialização em psiquiatria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Segundo ela, o cuidado com a saúde emocional durante o enfrentamento do câncer de mama é fundamental. “São muitas mudanças para enfrentar, além da psicoterapia, tem casos que precisam de tratamento farmacológico, que inclusive, segundo cada caso, é discutido com o psiquiatra e médico ginecologista para escolher a opção mais apropriada com menos efeitos colaterais e menos interações medicamentosas nos casos de quimioterapia e radioterapia”, ressalta.
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